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12/01/2020

Notebook

Notebook 
Barata Cichetto



Ah, eu, que sou poeta, sou artista, mas nada famoso,
Um falso profeta, anarquista puro e um tanto teimoso,
Apenas um latino americano e sem parentes no banco,
Um tanto míope, o outro cego, e de uma perna manco.

Queria ser bonito, com muito dinheiro e pau gigante,
E comer a buceta das vacas, e até o rabo do elefante,
Mas sou apenas um idoso, poeta barbudo do interior,
Querendo foder mulheres sem pensar no dia anterior.

Eu podia ser ladrão ou até mesmo ser político anão,
Roubando e matando, e até cortar um dedo da mão,
Mas quero apenas foder gostoso do jeito que imagina,
Sem imaginar que é perigoso gostar de chupar vagina.

Penso ser escritor, mas sou ator de filme de segunda,
E enquanto penso imagino o tamanho da sua bunda,
Então bato punheta no banheiro olhando o Facebook,
Pensando naquelas tetas desfilando no meu notebook.

02/12/2019
©Luiz Carlos Cichetto - Direitos Autorais Reservados

30/11/2019

Capacho

Capacho
Barata Cichetto



Então, vadia, quer apanhar na bunda,
Que eu te chame de porca vagabunda,
Ou quem sabe te bater na cara de vaca,
E riscar teu rosto inteiro com uma faca?

Posso te comer na rua encostada no muro,
E enterrar nas tuas pregas meu pau duro,
Morder tua jugular feito vampiro de cinema,
E depois te jogar na sarjeta cheia de edema?

E então, piranha, que tal acha de eu te esfolar,
Amarrar teus pulsos e te fazer ainda esmolar,
Gostaria de ser amordaçada e depois chupada,
Até sentir ser pelo seu flagelo a única culpada?

Eu posso dar o que quer desde que queiras,
Mas depois não saia por ai falando asneiras,
Peça e dou, implore e te como feito macho,
Só não seja infiel e não me faça de capacho.

24/11/2019
©Luiz Carlos Cichetto - Direitos Autorais Reservados

28/11/2019

Foi Uma Puta Que Me Disse

Foi Uma Puta Que Me Disse
Barata Cichetto


Tem muita coisa que eu sei, e que não aprendi em uma Faculdade. Aliás, o mais próximo que cheguei de uma foi cerca de cem metros, num puteiro que tinha próximo ao Largo de São Francisco, onde tem a gloriosa Faculdade de Direito, que formou presidentes, políticos famosos e até estandartes da Literatura. Ali, não na Faculdade, mas no Puteiro, foi que dei meus primeiros passos em direção à Filosofia e a Poesia, o que é praticamente a mesma coisa. E também à Putaria, outra ciência insofismável.
Tem muita coisa que aprendi, mas não nos bancos limpos da Academia, nas camas sujas da Casa da Tia. Troquei professores letrados, trajados de terno ou camiseta rasgada, onde toda a verborragia gelada da humanidade e citações quilométricas de outros acadêmicos são encaradas com bocejos, cervejas e maconha na calçada, por putas desregradas, trajadas de minissaias e botas de cano alto, que desfilavam toda a sabedoria que mantinham quente no meio das pernas, e que são encaradas com desejo, cachaça e cigarro, bem ali mesmo.
Tem muita coisa que sei por que aprendi, mas nunca nos guetos ideológicos dos centros acadêmicos dessas faculdades de ciência nenhuma, doutrina marxista pura e filosofia pragmatizada. Aprendi nos guetos fisiológicos dos quartos de quatro metros quadrados, anti-higiênicos, endêmicos, desses puteiros, onde toda a ciência do universo e toda descoberta está na nudez e na embriaguez de perdidos sem glória, que fazem da própria história, sua formação, e onde o diploma chega junto com a capacidade de sobrevivência.
Tem muita coisa que aprendi, e que uso, feito uma cueca, diariamente como um escudo contra a estupidez e a arrogância acadêmica, que prega a Liberdade sem saber sequer onde fica a favela mais próxima; que prega revolução sem sequer saber amarrar os próprios sapatos. 
Aprendi e agora sei o que é Filosofia, e a pratico fora da lei, mas dentro da Lei, para desespero dos adoradores de canudos, de Canudos e de Zumbis. Sou e pratico a Filosofia, de acordo com sua mais literal e crua definição. E isso é o que me basta. Nunca fui a uma Faculdade, foi dito, e não por falta de poder, mas por ausência de querer. Quase todas as coisas do mundo são opcionais, exceto é claro as impostas por força de armas e violência física, então fiz a minha.
E se agora sei, porque não aprendi na Faculdade, mas no Puteiro, que o Comunismo é contra a essência humana, que o Capitalismo é desumano, e que qualquer Sistema é injusto e cruel, e especialmente, que qualquer Individuo, consciente de sua própria individualidade, é um perigo maior que um exército.
Ah, sei por que aprendi nos livros, que no final das contas são meras putas. E isso foi uma puta que me disse.

27/11/2019
©Luiz Carlos Cichetto - Direitos Autorais Reservados

14/11/2019

Eu Quero Sexo!

Eu Quero Sexo!
Barata Cichetto



Eu quero sexo! Dinheiro e poder são coisas de quem não presta. Não me interessa. Quero o gozo molhado, o gemido sincero e o grito de tesão. Quero sexo. Quero trepar e o resto não tem pressa. Mas não quero o gozo das artistas, nem das feministas e nem das comunistas, com seu gozo coletivo e seu orgasmo social. Quero uma bela gozada sexual. Sem política, sem ideologia e sem partido, Uma bela gozada e pronto. Cada um no seu canto. Um gozo sem bandeira, sem compromisso, sem votar em presidente, sem escolher a cor da camisa. Uma bela trepada e pronto. Uma chupada aqui, um dedo ali. Uma lambida aqui, uma cuspida ali. E gozar como se não existisse lá fora um mundo tão dividido em ideologias, credos, crenças, e uma infinidade de coisas que nos tiram o desejo de trepar. Quero o gozo sem partido, o orgasmo consentido, o jorro sem permissão. Quero foder, trepar, gozar, sem carteira de motorista, titulo de eleitor e autorização de ninguém. Quero apenas prazer, sem pagar a taxa, assinar o contrato, filiação partidária. Quero foder por foder, não por capitalismo ou socialismo, apenas por vandalismo sexual, pichar a pele com uma esporrada, pintar de verde ou de amarelo, roxo, azul ou vermelho. Chupar uma buceta peluda ou pelada sem ser um flagelo contra o humanismo, o comunismo ou o plurarismo. Quero foder sem catecismo, trepar sem maldade e gozar apenas por felicidade. Gozar é um puro ato da mais simples liberdade.

13/11/2019
©Luiz Carlos Cichetto - Direitos Autorais Reservados

07/11/2019

Poemas Sacanas de Um Bêbado As Duas da Manhã

Poemas Sacanas de Um Bêbado As Duas da Manhã


Barata Cichetto - "Sexo Oral" Tinta Látex sobre Papel Paraná - 2016


(Parte 1)

E quando você acabar de jantar,
Diga se ainda tenho que esperar,
Antes de te comer e até saborear,
E se quer foder ou apenas transar.

Quero te fazer sexo oral
E chupar-te até o anal,
Mas se não faz um mal,
Eu të chupo até o final .

Se minhas palavras são raras,
Imagine então minhas taras?
Minhas intenções são claras,
E tuas todas as minhas caras.

Pouco importa se sou velho ou poeta,
Quero te comer à torto e em linha reta.
Conjurar na tua buceta, macho atleta,
E na tua cama ser tua forma predileta.

----
(Parte 2)

O que pensas que é foder, minha cara?
Só gozar em ti, satisfazer minha tara?
Ou sonhas que te comer é dar-me inteiro,
E chupar e gozar como ato companheiro?
Se te chupo e como, se me come chupas,
E gozarmos juntos, a sós e sem culpas?

06/11/2019
©Luiz Carlos Cichetto, Direitos Autorais Reservados

23/10/2019

O Dia em Que Lou Reed Comeu Patti Smith

O Dia em Que Lou Reed Comeu Patti Smith
Barata Cichetto


Foto by Judy-Linn

Parte 1 - O Filme

Há um tempo sem precisão, mas um domingo de manhã, decerto
Em um cinema imundo do Centro, que não era longe, nem perto
Um daqueles em que as putas chupam pintos na poltrona imunda
E em que as bichas cobram o preço por dar o buraco da sua bunda.

E aquele dia poderia ser um dia no parque, um dia quase perfeito
Poderia ser apenas outro dia em que eu sabendo ser homem feito
Acreditei ser apenas uma boa pessoa, curtindo a barra da cidade
Enquanto na porta do cinema putas fodiam por pura necessidade.

O lugar fedia mijo e tinha marcas de unhas no chão de esteira
Camisinhas jogadas sobre o tapete e na tela umidade e sujeira
O filme sem nunca começar e eu segurando meu pau na mão
Enquanto um sujeito na escada gemia segurando o corrimão.

Mandei a puta que sentou na poltrona ao lado se foder de graça
E olhei a tela com as letras desbotadas e reclamei por tal trapaça
Porque tinha o filme um estranho nome ao cinema pornográfico
E "O Dia em Que Lou Reed Comeu Patti Smith" era o tal gráfico.

A bicha que chupava pau na poltrona de trás reclamou da cena
O cara que pagava puta reclamou que aquilo era coisa obscena
E eu mandei todos tomarem no cu e ficarem de bocas fechadas
Mas enquanto Lou Reed metia na Patti as putas ficavam caladas.

Eu era um homem pobre e podia fazer qualquer coisa no escuro
Mas enquanto os ricos pagavam michê às bichas a preço seguro
Patti com os dedos tatuados mijava no rio segurando suas pregas
E Lou dizia “Ah, menina, deixe de falar de anjos e siga as regras”.

Na porta do cinema as meninas putas esperando por seu homem
Poeiras de estrelas por um barato e a morte enquanto consomem
E dos topos dos edifícios se atiram feito aos pássaros amortecidos
Beijando a calçada onde mijam os últimos bêbados adormecidos.

No cinema não tem mais ninguém e na platéia apenas escuridão
Todos foram embora buscar pelas ruas outros pontos de solidão
Acabou o filme, e cortinas sebentas tomaram o lugar do roqueiro
Sozinha no escuro Patti aguarda a chegada do ultimo mensageiro.


Parte 2 - Viciados

O dia ainda era um domingo, não de manhã, mas ainda perfeito
Era noite e eu tinha com das putas da esquina um retrato refeito
"Porque a noite pertence à luxúria, a noite pertence aos amantes"
E eu era Lou Reed procurando Patti Smith em loucos diamantes.

E ela dançando descalça, dando piruetas sob a lâmpada fosca
Projeta sombras nas vidraças das lojas, com sua alegria tosca
Enquanto busco naquelas pernas finas, tortas e mal cuidadas
A satisfação dos desejos no mistério das infâncias arruinadas.

Dançam a bailarina branca debaixo das lâmpadas de sódio
Mas a negra não consegue, com seu coração cheio de ódio
E Patti pergunta aos anjos e Lou às bichas depiladas a razão
E as bailarinas cantam em coro: "Doodoodoo, ai que tesão!"

Pergunto por Rachel e por trás dos óculos brilhantes escuros
O poeta americano responde: "ótimos aqueles tempos duros"
E aos anjos pergunto sobre Patti e de seu eterno namorado
Ao que Banga responde que ela por ele muito tem chorado.

Então eu disse, Patty, transa comigo e ata-me como aos viciados
Que eu esmago tuas mãos enormes com meus pés embriagados
E éramos eu, Lou Reed e Patti Smith. Lou comia Patti, e eu não
E entre eu e o gigante, ela preferia a bailarina, o palhaço e o anão.

Lembro do cinema onde aquele filme pornográfico foi exibido
E no Centro da cidade onde fui crucificado, morto e ofendido
Não tem cinemas pornográficos agora, e nem as putas seminuas
Morreram da mesma morte, mataram as putas, cinemas e as ruas.

Patti agora chora a morte do amigo, e nem mesmo eu a consolo
As mãos enormes sobre o rosto e eu nem posso pegá-la no colo
Ainda era domingo quando ele morreu, mas não um perfeito dia
Era final de semana e afinal de contas era o que ele sempre pedia.

Os satélites podem subir ao céu e eu não posso segurar sua mão
Seres humanos pisaram na Lua deixando marcas em seu coração
E Lou Reed era Jesus e também não morreu pelos meus pecados
E Patti e eu ficamos no mundo para morrer sem ser crucificados.

06/12/2013

©Luiz Carlos Cichetto - Direitos Autorais Reservados

06/10/2019

Solilóquio Brando

Solilóquio Brando
 A Uma Poeta Que - Ainda - Não Sabe Ser
Barata Cichetto
© Luiz Carlos Cichetto - Direitos Autorais Reservados

Salvador Dalí - Woman With Lobster (1967)


Quero ler-te poemas, enquanto chupas o meu caralho,
Falar sobre lutas e putas, e sobre o Capital e Trabalho.
Ser teu puto, aliviar o teu luto em branda noite de luar,
E na chuva chupar-te a vulva lisa, antes do dia clarear.

Quero ler-te poemas lambendo tua bunda desancada,
De leve lamber-te as pregas com a língua encharcada,
Chamar-te de puta e de piranha antes de amanhecer,
E rimar tua buceta com punheta antes de envelhecer.

Quero te ler na cama meus poemas sujos e mal escritos,
E depois te escrever outros, mais imundos e proscritos.
Arrancar-te gemidos e provocar lágrimas sem pudor,
Contando porcas histórias da guerreira e do lutador.

Quero te bolar um baseado, e fumar nos teus lábios,
Depois aumentar meu fraseado além dos alfarrábios.
Te foder com força, até que se retorça de tanto prazer,
Com toda a distância que eu possa de longe te trazer.

Quero te declamar poesia e te dizer lagartos e cobras,
Ser teu engenheiro, pedreiro e teu servente de obras.
Desobstruir tua estrada, te chamar de vadia e de tarada,
Obstruir tua descida e sem covardia te foder na escada.

Quero que leias tua poesia enquanto chupo-te a vagina,
Ouvindo tuas belas estrofes sobre tudo o que te fascina,
Depois te colocar de quatro até sermos soneto luxurioso,
Com os versos do teu poema piscando em um luminoso.

Quero sacramentar todas tuas vontades arrependidas,
Ser o abrigo amigo das tuas vaidades mais encardidas,
E assim ser teu poço de desejos sem precisar pagamento,
Tua voracidade, e veracidade, sem dor,  nem fingimento.

E quero te chamar de desejo, e no meio da tua bunda,
Dos gregos dar-te um beijo, numa oração vagabunda.
Por fim, quero que se liberte das tuas culpas inocentes:
Liberdade é a desculpa dos que querem ser indecentes.

02/10/2019

04/10/2019

Pichorra

Pichorra
Barata Cichetto
© Luiz Carlos Cichetto - Direitos Autorais Reservados



Fala que sou o cara legal, mas me quer mau,
E que sou gostoso, mas nunca chupa meu pau.

Fala que me ama, mas não engole inteiro,
E que gosta de mim, mas dá pro sapateiro.

Fala que é para sempre, mas nunca fode,
E que é eterno, mas dar o cu nunca pode.

Fala que sou bonito, mas prefere o cantor,
E que sou poeta, mas prefere dar pro ator.

03/10/2019

26/09/2019

Fome

Fome
Barata Cichetto



Eu quero lhe foder, de quatro ou de duas
Patas, e feito uma cadela mijona das ruas.

Eu quero lhe comer, no prato ou na mesa
Posta, e feito jantar de rico com sobremesa.

Eu quero lhe lamber, sem nojo de ser um cão
Sarnento, e feito a um padeiro te fazer de pão.

Eu quero lhe morder, chupar sangue da veia
Jugular, e feito a um vampiro te fazer de ceia.

28/10/2018


22/09/2019

Orgasmos Oníricos

Orgasmos Oníricos
Barata Cichetto



Ontem a noite nós transamos em escuridão total
E no escuro qualquer tolo é um amante imortal.

Mas ontem trepamos em silêncio quase criminoso
Porque calado qualquer poeta é um ser libidinoso.

E entre orgasmos oníricos, o silêncio e a escuridão
Ficamos olhando estrelas mudas diante da solidão.

01/07/2015

A Pornografia é Minha Política

A Pornografia é Minha Política
Barata Cichetto



Minha política é a poesia pornográfica filosófica, ou a pornografia filosófica poética, ou ainda a filosofia poética pornográfica. Escrevo como quem trepa, fodo como quem pensa, e penso como quem faz poesia. Não há ideologia, não há demagogia, não há hemorragia. Enquanto engrandeces a luta e o comunismo, eu enobreço a puta e o masoquismo; enquanto escolhes entre capital e trabalho, eu fico entre o porral e meu caralho; enquanto brigas por vitórias, eu guerreio por orgasmos; enquanto matas por poder, eu morro por tesão. E se escolhes entre ditadura e democracia, eu fico com a luxúria e o que vicia; se pregas o cristianismo, eu martelo o sadismo; se determinas o estoicismo, eu proclamo o sexismo. O meu império é a pornografia, minha república é a poesia e a filosofia meu Universo. Sou rei numa monarquia anarquista, presidente de uma república hedonista, e deus de um mundo sexista. E se queres cuspir sobre mim teu pensamento político, deixe que eu mostre meu pau em publico, que eu exiba o filme pornográfico que fiz ontem à noite trepando com alguma rainha, primeira dama ou deusa. Se desejas a liberdade da tua política também ensejo a minha. Silenciarei minha expressão política: guardarei meu pau dentro das calças, minha poesia na gaveta e meu pensamento no banheiro, desde que silencies a tua, calando teu impotente tesão totalitário, teu castrado discurso igualitário, e teu flácido pensamento partidário.

15/11/2018

Bacanal de Poesia

Bacanal de Poesia
Barata Cichetto

Nicolas Poussin - Bacanal

O autor diz que é poesia. E o leitor, o que diz? O leitor não diz, ele sente. Ressente, pressente.  O leitor chupa a poesia como a um pênis e engole o esperma depois do gozo. Se goza junto ou não é outro problema. O autor estimula o leitor, mexe nas suas zonas erógenas, desperta sua libido e seu pensamento lascivo. Masturba, perturba, bolina o leitor. O autor come o leitor, transa com ele numa relação sexualmente ativa, promíscua, sacana; às vezes incestuosa. Quase um estupro, consentido, em determinadas situações. O faz gozar. Jorrar, ter um squirt. Ejaculação. Ou não. Num fetiche violento, o autor xinga o leitor, ofende, venda seus olhos, amarra suas pernas com cordas e os pulsos com algemas. E depois o penetra violentamente. O autor faz o leitor acreditar em suas promessas de casamento e de prazer. E por vezes mente sobre elas. O autor engravida o leitor. Filhos bastardos. O autor é um tarado. Leitor não tem que ter razão. Tem que ter tesão.


25/08/2015

16/09/2019

Eu Quero Ser Tua Calcinha

Eu Quero Ser Tua Calcinha ®
(Um Poema Com Opção Sexual, Mas Sem Orientação)
Barata Cichetto
Eu quero ser tua calcinha,
Aquela que combina com o sutiã de alcinha,
Com alça de silicone e estampa de oncinha.
Eu quero ser tua calcinha...
Eu quero ser tua calcinha,
Aquela que esconde teus defeitos e sugere teus feitos,
Que traça curvas, e desenha retas e círculos perfeitos.
Eu quero ser tua calcinha, Amanda, Bernarda... 
Eu quero ser tua calcinha,
Aquela que troca quando sai e que tira quando retrai,
Que coloca quando entra e que despe quando te atrai.
Eu quero ser tua calcinha, Cássia, Darlene...
Eu quero ser tua calcinha,
Aquela incolor a cobrir-te a peluda ou a raspada,
E ser o que espera: o escudo, a lança ou a espada.
Eu quero ser tua calcinha, Elisabete, Fabiana...
Eu quero ser tua calcinha,
Aquela que gruda na tua bunda, penetra tuas pregas,
Que enrosca nos teus pelos e que absorve tuas regras.
Eu quero ser tua calcinha, Giovana, Heloísa...
Eu quero ser tua calcinha,
Aquela que te aperta quanto senta, te seca quando venta,
Incomoda quando incerta, e se acomoda quando inventa.
Eu quero ser tua calcinha, Ivonete, Janete... 
Eu quero ser tua calcinha,
Aquela tão justa quanto pecado e honesta quanto um soldado,
Que te prende feito um guerreiro e te solta feito um delegado.
Eu quero ser tua calcinha, Kelly, Luísa... 
Eu quero ser tua calcinha,
Aquela que se molha de suor e outros líquidos deliciosos,
E que te seca se assim for, toalha dos teus peidos pastosos.
Eu quero ser tua calcinha, Marisa, Naiara...
Eu quero ser tua calcinha,
Aquela com laços de rendas portuguesas ou sedas chinesas,
Com desenhos de flores, varias cores e estampas burguesas.
Eu quero ser tua calcinha, Odete, Patrícia... 
Eu quero ser tua calcinha,
Aquela que envolve o teu quadril, e que aperta a tua cintura,
Que ajeita tua bunda e se afunda nas curvas da tua escultura.
Eu quero ser tua calcinha, Quitéria, Rosangela...
Eu quero ser tua calcinha,
Aquela que te dá conforto e desperta desejos e vaidades,
E que na gaveta de calcinhas aguarda por tuas vontades.
Eu quero ser tua calcinha, Solange, Talita...
Eu quero ser tua calcinha,
Aquela sua segunda pele, tão quente, mas tão artificial,
E tão sintética quanto natural, sempre a pele superficial.
Eu quero ser tua calcinha, Úrsula, Valentina...
Eu quero ser tua calcinha,
Aquela tão íntima quanto amiga que não se rasga,
E tão cruel quanto o vinho com o qual se engasga.
Eu quero ser tua calcinha, Wilma, Xênia...
Eu quero ser tua calcinha,
Aquela que esconde a tua pureza e expõe tua safadeza,
Na ditadura cruel que põe na mesa o sentido de beleza.
Eu quero ser tua calcinha, Yasmin, Zulmira...
Eu quero ser tua calcinha,
Aquela de algodão cru entrando no teu cu e na tua buceta,
E ser-te tão importante quanto o preço em minha etiqueta.
Eu quero ser tua calcinha...

16/09/2019

05/09/2019

Recital

Recital
Barata Cichetto



- Alguém na plateia gostaria de chupar meu pinto? - Perguntou o poeta no meio do recital. Cinco das dez pessoas presentes na sala se levantaram e saíram. Eram quatro homens e um individuo que não se notava claramente o gênero. Ficaram quatro mulheres e outro ser sem gênero definido.

- Alguém na plateia gostaria de chupar meu pinto? - Repetiu o escritor, agora num tom de voz mais alto. E o ser transgênero e outras duas mulheres se ergueram, bateram no encosto da cadeira e se retiraram, sem antes desfilar uma série de palavrões ao artista. Eram gora apenas duas mulheres sentadas, de pernas cruzadas exibindo dois pares de coxas lisas e bem torneadas que ficaram.

- Alguém na plateia gostaria de chupar meu pinto? - Ele tornou a falar, e uma das mulheres se ergueu da cadeira e foi em sua direção. Subiu no pequeno palco e abaixou-lhe as calças. Depois abocanhou-lhe o pinto e o chupou. O poeta lia com voracidade os poemas do seu livro, e quando chegou ao ultimo poema esporrou dentro da boca da mulher. No meio da história a outra mulher tinha desaparecido.

- E daí, cara, como termina essa história?
- Não sei. Cala a boca e continua chupando!

05/09/2019

16/08/2019

Alguém Quer Dar Pra Mim?

Alguém Quer Dar Pra Mim?
Barata Cichetto

Eu poderia esperar que alguém desse alguma coisa para mim; fosse a buceta, o cu, ou ao menos um muito obrigado, mas que não fosse obrigado. Eu gostaria de poder esperar que alguém desse algo para mim, que fosse um tapa na cara ou algum dinheiro, e que fosse ao menos companheiro.  Eu aceitaria esperar que alguém me desse, que não fosse esmola, que não fosse favor. E que não fosse de graça, que fosse até desgraça. Eu saberia esperar que alguém desse alguma coisa para mim, que fosse uma opinião, um pequeno gesto de afeto, ou ao menos respeito, até a despeito do que meu pensamento, mesmo que eu fosse suspeito de matar um sujeito. Poderia queria esperar que alguém lesse meu poema, me explicasse um teorema, e não seria problema esperar. Eu poderia querer esperar de alguém, mas de quem posso esperar? Esperar é esperança, e esperança é morte. E eu não sou mais criança para esperar. Esperar e contar nos dedos, esperar é apontar segredos, esperar é correr dos medos, e nos meus dedos tem tão poucos segredos e tantos medos, que não consigo contar. Quem espera sempre alcança, é o dito popular, então eu poderia alcançar quem corre a frente, apenas a me esperar. A esperança não cansa, disse o poeta, e que também não murcha, mas eu ainda não sei quanto ainda posso esperar sem cansar. E nem espero esperança nem espero perdão, espero o que espero, e espero em pé, com a corda no pescoço, e até apenas até a hora do almoço que posso esperar. Eu poderia ainda falar sobre outras formas de esperar, mas estou cansado de falar. E o que eu quero mesmo é acabar. Acabar com tudo e deixar o mundo a quem queira cuidar. Queria mesmo poder esperar algo de alguém, que fosse o que fosse, mas que fosse algo que eu mereço.  E se eu não merecer, que seja apenas por existir. Eu poderia querer esperar de alguém esperar por alguém, mas ninguém espera por mim. E por fim, queria saber esperar, sem desesperar, mas estão todos tão ocupados... E eu não tenho mais tempo de esperar.

16/08/2019

28/07/2019

Toda Poesia Que Eu Pude Carregar 1978-2015

Toda Poesia Que Eu Pude Carregar 1978-2015
Barata Cichetto
37 Anos de Poesia em Um Único Arquivo Digital Grátis

"Toda Poesia Que Eu Pude Carregar", reúne todos os poemas escritos por Barata Cichetto, seja com esse nome literário, ou como "Carlos Cichetto" como constava na capa do meu primeiro livro, mimeografado, lançado em 1981, chamado "Arquiloco (lê-se aquíloco. Nome de um poeta-soldado grego da antiguidade). Com exceção desse, e de "Cohena Vive!", lançado pela Multifoco do RJ, todos os outros 13 foram editados e artesanalmente e lançados pelo projeto próprio chamado "Editor'A Barata Artesanal". 
São quase mil poemas e mais de mil páginas, onde o sexo, poesia e o Rock são tratados de forma filosófica, num profundo mergulho aos subterrâneos da mente humana.
Escatológico, verborrágico, tenso e muitas vezes cruel, a poesia de Barata nunca alcançou grande número de leitores, e entre os motivos, como afirmam alguns, por colocar o leitor de frente a um espelho; ou mais que isso, já que no espelho a imagem é invertida, mas na poesia honesta, cristalina e profundamente pornográfica de Barata Cichetto, não é o reflexo, mas a verdadeira face tanto do autor quanto do leitor. E enxergar a nós mesmos, como meras criaturas moralmente deformadas, com segredos e medos, expostos como sangue e vísceras, é realmente um tanto assustador.
A presente coletânea foi editada com exclusividade para o projeto Internet Archive, e todo seu conteúdo foi registrado no Escritório de Direitos Autorais da Fundação Biblioteca Nacional. A publicação, desde que mantida autoria, é livre, de acordo com os critérios da Creative Commons, mas vedado qualquer uso de forma comercial, sem a participação do autor.
Com este, são dezessete (17) livros de a minha autoria e edição que coloco à disposição gratuitamente.

28/07/2019

15/07/2019

1979 é Hoje

1979 é Hoje
Luiz Carlos Cichetto

Durante o período do Regime Militar, tão temidamente referido como Ditadura Militar, havia um rígido sistema de censura, que ia muito além da política, e atingia toda a sociedade. Havia censores em redações de jornais, musicas precisavam sem submetidas à aprovação. Até mesmo um "dicionário", onde constavam palavras que eram proibidas de ser ditas, cantadas ou escritas. Ainda não existia Internet, então os métodos eram mais eficazes, já que simplesmente o que era vetado não era gravado ou impresso. E ponto final. Era tudo às claras e o preço muito alto.
Com relação a sexo, o caso era curioso, tanto no cinema quanto nas revistas, determinadas partes do corpo eram liberadas e outras não. A bunda só podia ser mostrada em partes, nunca em close, seios podia, mas os mamilos eram raspados das fotos, e nus frontais não eram permitidos de forma alguma, nem no cinema, televisão e nem nas revistas adultas. Nem peludas nem depiladas. Nem pintos nem bucetas. Pintos em bucetas, bucetas em bucetas e outros correlatos, então, nem pensar.
Em 1979 se iniciou o que ficou conhecido como "Abertura", que entre outras coisas ensejou a Anistia Política, que perdoava digamos assim, ambos os lados envolvidos. Era o inicio do governo do General Figueiredo e a primeira publicação impressa a colocar fotos de pelos pubianos (e aproveitou para colocar enormes moitas peludas), foi a Ele-Ela, da Bloch, revista que eu era assíduo leitor, até por trazer além de belos ensaios eróticos, textos de primeira linha. Tenho muito claro na memória, quando foi liberado, já em no início de 1980. Imaginei que a chamada de capa: "Liberada Nudez Total no Brasil" fosse apenas uma matéria. Na sequência disso, até por batalhas judiciais, foram liberados filmes pornôs até antigos lá fora, como o Império dos Sentidos e Garganta Profunda.
Passados quarenta anos, o que percebemos, após a maldita onda do politicamente correto, no lugar de termos ampliado nossos horizontes de liberdade, nos vemos aleijados, e as mesmas regras impostas pela tão temida Ditadura Militar, está a nossa frente, travestida como politicamente correto, e os que antes usavam fardas e viaturas e andavam armados de revolver, hoje andam de bermudas, coque de barba, andam de Camaro e usam de armas muito mais poderosas e eficazes. Há quarenta anos achamos que nos víamos livres da repressão moral, mas agora, estamos de frente a ela de forma muito mais devastadora.
As chamadas "Diretrizes da Comunidade" de todas as redes sociais e de serviços são verdadeiras bulas, manuais de conduta, dignas dos antigos censores dos anos 1960/70. A mesma norma que valia, conforme citei acima, sobre nudez e sexo há cinquenta anos vale agora. É exatamente assim que se comportam redes como Facebook, Instagram e outros. Só não raspam mamilos com gilete sobre a foto, fazem digitalmente.
Há uns meses passei a publicar meus livros na Amazon, e há uma semana comecei a ter problemas, que culminaram com o bloqueio da minha conta, por violar as tais "Diretrizes". As frases no email que dispôs sobre o bloqueio: "Nossas diretrizes declaram que não aceitamos material pornográfico ou explícito retratando atos sexuais.", "oferecemos aos clientes diversas opções, incluindo livros que alguns clientes podem achar de gosto duvidoso. Apesar disso, reservamo-nos o direito de não vender determinados conteúdos, como pornografia ou outro material inadequado.". O interessante, é que, numa rápida busca no próprio site da gigante do senhor Bezos, encontra-se a seção "Sexo" e ao se digitar palavras chave como "puta", uma infinidade de livros.  E por aí a coisa anda.  Para a Amazon, "O Doce Veneno do Escorpião" é um livro sobre como tratar a picada do inseto, e Bruna Surfistinha uma autora de manuais de Surf. Enviei um texto a eles, questionando de forma educada, pedindo esclarecimentos sobre isso, mas a resposta foi um email padrão, contendo as mesmas ameaças de que qualquer coisa que eu tivesse lá publicado poderia ser enquadrado, e que tudo o que eu mandar passará por um crivo diferenciado. Ou seja, quem decide se os mamilos serão raspados ou não são eles. E de quem.
Paralelo a isso, recebi um email com as novas diretrizes (eita palavrinha filha da puta!) da Microsoft, que no parágrafo que chamam de "Código de Conduta", entre outras coisas, dispõe: "Não exiba publicamente nem use os Serviços para compartilhar conteúdo ou material inadequado (envolvendo, por exemplo, nudez, bestialidade, pornografia, linguajar ofensivo, violência explícita ou atividade criminosa)." e ai ameaça: "Imposição. Se você violar estes Termos, nós podemos, a seu exclusivo critério, parar de fornecer Serviços a você ou podemos encerrar sua conta da Microsoft. Também poderemos bloquear a entrega de uma comunicação (como email, compartilhamento de arquivo ou mensagem instantânea) de ou para os Serviços como parte de nosso esforço de impor estes Termos, ou poderemos remover ou nos recusar a publicar Seu Conteúdo por qualquer motivo." Ou seja, eu mandar alguém tomar no cu usando o Windows ou um email da Microsoft estou fudido! Será que quando eu vejo filmes pornôs usando Windows no computador, posso ter meu computador explodido?
Em resumo: há quarenta anos, tínhamos botas e socos a nos impedir de criar, produzir e falar o que precisávamos e queríamos. Hoje não são botas nem fardas. Só isso mudou. E o que sobra é sensação vendida às pessoas que naquele época não eram livres, mas hoje são. 

Diretrizes de Conteúdo da Amazonhttps://kdp.amazon.com/pt_BR/help/topic/G200672390

15/07/2019



10/07/2019

Manual do Adultério Moderno - 2ª Edição

Manual do Adultério Moderno

Minha tentativa de colocar na Amazon a segunda edição do meu livro "Manual do Adultério Moderno", resultou no bloqueio e em ameaça, por supostamente violar suas diretrizes, conforme email recebido. O interessante é parece que eles definem o que pode e o que não pode, baseado em análises abstratas, já que uma busca simples no site é possivel encontrar comteúdo como: "Huge Adult Bundle - Forbidden Stories with Explicit Sex Box Set Collection " e "Rough Porn Short Tales - Explicit Sex Stories Bundle Collection", por exemplo. Gostaria de saber se essas diretrizes são definidas e aplicadas pela Amazon americana ou pela filial brasileira.
De qualquer forma, estou disponibilizando o PDF com o texto integral e ilustrado, conforme pretendia.
"Alerta do KDP da Amazon para 1 Livro(s)
Kindle Direct Publishing
18:45 (há 1 hora)
para eu
Olá,
Estamos entrando em contato para tratar do seguinte livro:
Manual do Adultério Moderno do Cichetto, Barata (AUTHOR) (ID: 32655331)
Durante nosso processo de análise, verificamos que este conteúdo viola nossas diretrizes de conteúdo. Por isso, não podemos vender o seu livro. Se forem identificados outros envios com conteúdo similar que viole nossas diretrizes, você poderá perder o direito ao acesso a serviços opcionais do KDP e/ou nós poderemos tomar medidas que incluem o encerramento da sua conta.
Para saber mais sobre nossas diretrizes de conteúdo, visite a página de Ajuda do Kindle Direct Publishing em:
https://kdp.amazon.com/help?topicId=A2TOZW0SV7IR1U
Atenciosamente,
KDP da Amazon
----------
"Outros conteúdos proibidos
Como somos uma livraria, oferecemos aos clientes diversas opções, incluindo livros que alguns clientes podem achar de gosto duvidoso. Apesar disso, reservamo-nos o direito de não vender determinados conteúdos, como pornografia ou outro material inadequado.
Relatório de violações
Se você acha que um livro viola nossas diretrizes, denuncie. 
https://kdp.amazon.com/pt_BR/help/topic/G200672390"

DOWNLOAD: https://archive.org/details/manualdoadulteriomodernoedicaopdf


Capa Aberta Completa


Atualização da Situação, em 14/07/2019
Email Recebido pela Amazon

Amazon.com.br
20:33 (há 4 minutos)
para eu
Olá,
Fomos informados de que você enviou um conteúdo através de sua conta que viola as nossas Diretrizes de conteúdo. Nossas diretrizes declaram que não aceitamos material pornográfico ou explícito retratando atos sexuais.
O seguinte é um exemplo de um livro que você enviou através da sua conta KDP que encaixa nessa categoria:
DID(s):  32655331 Manual do Adultério Moderno by Cichetto, Barata (AUTHOR)
Por isso, suspendemos temporariamente sua capacidade para publicar ou alterar livros nesta conta.
Antes de reativar sua conta, responda para kindle-content-review@amazon.com.br a seguinte afirmação: “Eu afirmo que li e irei cumprir com as Diretrizes de conteúdo https://kdp.amazon.com/self-publishing/help?topicId=A2TOZW0SV7IR1U e que vou retirar quaisquer livros publicados anteriormente que não atendam a essas diretrizes."
Até que você envie uma resposta em relação a este assunto, a sua conta permanecerá bloqueada.
Amazon.com

08/01/2018

Livro Líquido

Durante todos os quase quarenta e cinco anos como escritor, nunca tinha conseguido terminar um romance. Tentei seis vezes, todos ficaram pelo meio do caminho. Um praticamente ficou pronto, e foi lido pelo meu amigo Eduardo Amaro, mas não tive coragem de tentar publicar, já que foi traumático o primeiro processo de contatar uma editora. Deparei com um sujeito asqueroso e mercenário, fato que me marcou profundamente. Há uns seis meses comecei outro, mas o tema envolvia um conhecimento técnico que eu não tenho e acabei também por abandonar.
Em Novembro, precisamente no dia 20, me propus a escrever um de forma completa. Tinha a história toda na minha cabeça e tracei um projeto com inicio e final, com datas definidas. O resultado foi um romance escrito em menos de quarenta (40) dias que resultou em 400 e poucas páginas digitadas, que resultará decerto num bom calhamaço. Acreditei que assim poderia conseguir que uma editora que trabalhe em modo tradicional acreditasse nele, já que o gênero é literatura erótica, bem em voga no mercado atualmente, em função do sucesso desse gênero, mas parece que me enganei novamente. Até agora todas as editoras que consultei se recusaram a publicar, alegando não trabalhar com literatura erótica e pornografia. Até mesmo a Amazon recusa esse tipo de conteúdo. Sinceramente eu queria entender isso. Poderia fazer e lançar esse livro com uma edição artesanal como tenho feito com todos os meus livros, mas gostaria de ter uma distribuição maior desse livro e tê-lo em pontos de venda, acessível a mais pessoas, já que se trata de um romance no sentido tradicional, mas parece que nem mesmo assim.
Então, creio que tenho mais um sucesso e outro fracasso nas mãos. O primeiro por ter realizado mais uma obra, o segundo por não poder contar com nenhum tipo de apoio, mesmo de editoras que propagam por estas redes darem apoio à literatura, publicando em muitos casos, coisas do mais baixo nível literário, ou porque foram bem pagas, ou porque tem algum tipo de subsidio que os impeça de publicar coisas de autores que talvez estejam nalguma lista escrota por não fazer parte da lista dos privilegiados e preferenciais dessa sociedade que inverteu todos os seus valores em nome de ideologias que transformam a arte em merda e a merda em arte.

08/01/2017

Atualização da Postagem: A Mulher Líquida foi publicado via Amazon, em Abril de 2019

30/07/2012

Sobre Um Punhal Enfiado na Garganta de Um Cão



Sobre Um Punhal Enfiado na Garganta de Um Cão
Luiz Carlos “Barata” Cichetto

Hei psiu! Chega mais perto do monitor! Quero lhe contar uma história interessante. É, chega perto! A letra é um pouco miúda? A porta está aberta? Então fecha! Presta atenção, é uma história um tanto complicada, mas acredito que conseguirei contar desde que o telefone e a campainha não toquem. Ok, ok, apóie o antebraço sobre a mesa, puxe a cadeira mais perto. Ler no monitor é complicado, né?! É não dá para dobrar a ponta da página quando quer interromper, nem riscar as frases interessantes. É não tem muito jeito. Querendo saber o que eu quero lhe contar é a única forma. É uma merda ter que ficar puxando a maldita barra de rolagem quando quer ir ao parágrafo seguinte, era mais fácil virar a página e pronto! Nem dá pra botar o computador debaixo do braço e continuar a ler no ônibus a caminho do trabalho. Maldito computador! Cheiro de papel e tinta de impressão é uma delicia, né? Mas tudo bem, presta atenção no que quero lhe contar. É uma história bem interessante. Ao menos acho que é! Não atende o telefone agora, não. Jantou? Almoçou? Então... Diga apenas uma coisa, com tanto texto de humor por aí e você vem bem num site desses? Ah, sei, agora é seu momento de intelectual! As piadas e as fotos eróticas você já viu e leu né?! Tudo bem, ninguém é de ferro e aqui também você não precisa se sentir um imbecil e comprar um monte de jornal só pra ter a desculpa para comprar uma revista erótica. Basta digitar o endereço e pronto: piadas, fotos, filmes... Mas a história... Que saco ler no computador. Computador não foi feito para se colocar texto. Pára de brincadeira, presta atenção! Ah, não sei, não... Acho que você não vai querer escutar minha história... É uma coisa meio pesada sobre filosofia... "Filosofia", você deve estar pensando. "Mas isso aqui não é lugar de filosofia." Tá bom, vou contar outra história... Falar sobre o que? Ah, se você pudesse me dizer sobre o que gostaria de ler, eu bem poderia escrever sobre o que você quer ler. Mas você fica ai, parado na frente desse maldito computador e eu aqui, tentando escrever alguma coisa que possa lhe chamar a atenção. Afinal pulso telefônico é caro e seu tempo é curto. E fico eu aqui te enrolando e não sai texto porcaria nenhuma... Escrever para a Internet, escrever na Internet, escrever sobre a Internet. Que lindo! Preferia falar sobre meu sonho de ontem à noite... Mas ontem à noite eu nem dormi. Então o que seria aquilo? ... Bom, deixa pra lá, acho que você não está minimamente interessado naquilo que eu quero lhe contar. Afinal tem tanto lugar com fotos de mulheres peladas e piada... Tá ok. Então vai dormir, vai! Amanhã você volta aqui e te conto minha história.


N.A. Este texto foi escrito em  9/1/2001, portanto, antes da demolição da Internet com o surgimento das redes sociais....