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14/04/2015

O Caminhoneiro e o Roqueiro

O Caminhoneiro e o Roqueiro
(A Agostinho Santos e Percy Weiss, que partiram hoje)
Barata Cichetto

Das mãos do caminhoneiro, da garganta do cantor, a arte
E se a maior é a da existência, ambos fizeram a sua parte
Cumpre-nos apenas seguir o féretro, perdidos na estrada
E sobramos nessa sina de dor, em uma saudade apertada.

Dos fados e do blues, a voz e a vez de um par de artistas
Que a morte agora carrega nas suas asas de aço egoístas
E na estrada mortal, a caminho do lugar que nem existe
A malvada espera o bom artista e o caminhoneiro triste.

E a voz ainda ruge e o trovão surge do fundo da garganta
Poemas não nos bastam, há horas que poesia não adianta
Se nunca calar é o lema, não chorar o tema nunca escrito
Silêncio daqueles que em palavras não pode ser descrito.

A voz não sucumbe, voz não morre, é apenas delírio final
E nunca bastamos, nunca estamos a frente da morte afinal
Uma tristeza daquelas, de ateu poeta e maldito sem direção
É a de quem perde um amigo e o sentido que dita o coração..

14/04/2015