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07/05/2020

Luiz Domingues: "Luz, Câmera & Rock'n'Roll"

Luiz Domingues: "Luz, Câmera & Rock'n'Roll"
Barata Cichetto





Acredito que tenha sido em 1977 que conheci Luiz Antônio Domingues. Era ele quem respondia as cartas endereçadas ao "Sarrumor Jovem", revistinha criada pelo Laert Julio, que posteriormente viria ser conhecido como criador da banda Língua de Trapo. Nas cartas que trocamos por algum tempo, Luiz dizia estar estudando contrabaixo e que pretendia montar uma banda. (*) 

De lá para cá muita coisa aconteceu. Laert Julio se transformou em Laert Sarrumor, Luiz saiu do Língua de Trapo e foi tocar em e por outras bandas, como A Chave do Sol, The Key, Pittbulls On Crack e muitos etc. Luiz Antônio Domingues ficou conhecido como Tiguês, apelido que há muito ele execra, e o Rock brasileiro, que conheceu um momento de alguma - não muita - glória nos anos 1980, cedeu lugar a outros gêneros e estilos, e retornou ao gueto onde foi criado, e muitos músicos foram tocar em outros terreiros.

Mas Luiz Domingues nunca cedeu a modismos, e sempre se manteve fiel ao Espírito do Rock. Em 1999 se uniu ao capitão da Patrulha do Espaço, juntamente com - na época dois garotos quase imberbes - Marcello Schevano e Rodrigo Hid, para uma das mais icônicas formações da banda. Foram quatro discos com essa formação, até 2004, quando ele foi convidado pelo guitarrista Xando Zupo para, juntamente com Rodrigo, integrar a banda Pedra.

Foi durante uma boa parte do período da Patrulha do Espaço em que estreitamos nossos laços, viajando a bordo do "Azulão", icônico ônibus da Patrulha do Espaço pilotado pelo Walter Gonçalves, o Alemão, pelas estradas do interior de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Horas e horas de chão, e conversas e histórias pra lá de interessantes. Isso acabou por render uma série de crônicas com o título genérico de "Diário de Bordo", que eram publicadas em meu site A Barata, e depois incorporadas ao meu livro "Patrulha do Espaço no Planeta Rock".

Ao longo do tempo essa amizade sempre se manteve, já que Luiz Domingues é um amigo que sempre apóia todas as boas iniciativas relacionadas ao mundo do Rock, e sendo assim sempre compareceu a muitos dos eventos que criei, entre 2002 e 2015. Sempre com uma educação e nobreza, motivos pelos quais eu lhe conferi o título de "Gentleman do Rock Brasileiro".

Mas não é apenas Rock que Luiz Domingues respira. Literatura e cinema são outras de suas paixões e que agora em 2020 se unem em uma coleção: "Luz; Câmera & Rock'n'Roll". 

Dividido em três volumes, a coleção traz 131 resenhas sobre filmes produzidos direta ou indiretamente com o mote do Rock'n'Roll, numa combinação fortíssima e apaixonante entre Rock e Cinema, que historiadores modernos batizaram de "Rock Movies". "Luz; Câmera & Rock'n'Roll" é uma coleção imprescindível para quem ama Rock e Cinema.

Atualmente, Luiz Domingues participa da banda Kim Kehl & Os Kurandeiros, somando mais um grande trabalho a sua vasta carreira que inclui mais de vinte álbuns lançados no mercado fonográfico brasileiro. Como escritor, mantém três blogs na Internet e colabora com diversos outros, além de colaborações em revistas impressas.

Lançado através da plataforma Clube de Autores em parceira com a Matilda Produções, os três volumes podem ser comprados juntos ou em separado.

Indispensável!

Serviço:
Luz; Câmera & Rock’n’ Roll
(Obra Em Três Volumes)
Autor: Luiz Domingues
Editora: Matilda Produções
Apoio Gráfico: Clube de Autores
Editor: Cristiano Rocha Affonso da Costa
Revisão, Diagramação, Ficha Catalográfica: Alynne Cavalcante
Capa (Criação e Lay-out): Victoria Costa
Foto do Autor: Lincoln Baraccat

Link para Compra: https://bit.ly/2YeYIa9
Blog 1: http://luiz-domingues.blogspot.com

(*) (Comentário factual de Luiz Domingues, posterior à publicação: "Na verdade, eu já estava em uma banda, mesmo ainda a aprender a tocar a duras penas. O Boca do Céu fora fundado em 1976." 
Foi nessa época, pré criação da banda Língua de Trapo, que recebi um convite para uma reunião daquele pessoal em frente ao Teatro Municipal de São Paulo. Fui, mas, encalacrado na minha profunda timidez, fiquei observando de longe, sem coragem de me aproximar, e assim perdi a oportunidade de conhecer aquelas pessoas, o que só ocorreria muitos e muitos anos depois. Comentei essa história há pouco tempo com Laert, e agora com Luiz. Ambos ficaram abismados.

15/08/2018

Resenha de Disco: "High Level Low Profile" - CA$CH

Resenha de Disco:
"High Level Low Profile"
CA$CH

Ano: 2018
Gravadora: Rock Artisan
Músicos:
Marcello Schevano - Vocais/Guitarra/Teclados
Ricardo Schevano - Baixo
Rolando Castello Jr. - Bateria
Faixas:
High Level
God
Earth Spinning Backwards
Big Paul's Basement
Flesh
 
Houve uma época em que os chamados "power trios" de Rock, mais por intenção de juntar três dos melhores baixistas, guitarristas e bateristas, e possivelmente menos por juntar muita grana, enchiam o mundo do Rock de trabalhos geniais. Assim aconteceu com bandas como Cream, Beck, Boggert & Appice, West, Bruce & Laing e outros históricos e emblemáticos, como a Jimmi Hendrix Experience. Isso foi há muito tempo, quando a maioria dos chamados "rockers" da atualidade sequer tinha nascido. Agora, na segunda década do século XXI, a união de três músicos fora de série não tem mais o mesmo apelo, e quando tem, é por pura questão de mercado.

Acontece que quando a gente conhece um trabalho, como o da "Ca$ch", ótima sacada com os nomes dos integrantes, o batera Rolando Castello Junior, uma autêntica lenda do Rock Latino Americano, que dispensa maiores apresentações, e o multinstrumentista e cantor Marcello Schevano e seu irmão Ricardo Schevano, um baixista absurdamente acima da média, a coisa se torna um pouco mais complicada. Rolando, decerto o maior baterista brasileiro, e influenciou uma verdade legião de bateras Brasil afora (e possivelmente fora dele, mesmo que não reconheçam) e Marcello já tocaram juntos na formação da Patrulha do Espaço que se reuniu em 99 e durou até 2004 e Ricardo é o mestre do ritmo na banda Baranga, desde sua formação, onde toca com outro fera das baquetas, o Paulão, um dos confessos discípulos do mestre Junior.

Por algum motivo, que a banda pode explicar, todas as letras de "High Level Low Profile" são em inglês. Já escutei milhares de explicações sobre as razões pelas quais uma banda formada por brasileiros, no Brasil, compõe em inglês, e nenhuma delas me deixou totalmente satisfeito, mas nesse caso específico, pensei: "dane-se, que isso é Rock'n'Roll, baby!". Então, "let's Rock!". A sonoridade ficou perfeita, e é isso o que, no final, importa.

O disco começa com a batida característica de Rolando, na faixa "High Level", extremamente pesada e rápida, de cujo refrão "High level, low profile", foi tirado o nome do disco. Os solos de guitarra de Marcello ponteiam a musica, que já mostra bem o que iremos encontrar nesse disco.

A segunda faixa do disco, "God", começa com um teclado dando a impressão que estaremos à beira de uma canção daquelas características com Rock Progressivo setentista, mas depois de poucos minutos, a coisa começa a mudar, e o que parecia ser, simplesmente não é. A pegada se torna mais forte e mais pesada, com o baixo do Ricardo se destacando soberbamente. O ritmo vai ficando cada vez mais rápido e mais tenso, com a letra sendo quase urrada pelo vocalista. Difícil não lembrar de Black Sabbath nas suas seções mais pesadas. Entretanto, o desenrolar dessa faixa, de mais de nove minutos, reserva muitas surpresas. Todas elas maravilhosas. Quando a quebradeira parece ir até o final, com a guitarra solando sobre um ritmo alucinante, entra um piano ponteando um vocal em tom quase suplicante. E ai vem o ponto alto, com o teclado voando sobre uma cama rítmica feroz e densa, que faz a gente prender a respiração, só esperando o êxtase.

Depois disso, só a gente dando uma parada, né?! Respirar um pouco, beber uma água, um café, uma cerveja, qualquer coisa assim. Levantei com o intuito de respirar, mas aí acabou a energia elétrica do bairro. Acho que nem a hidrelétrica da região aguentou tanta energia.

Meia hora depois, retomo a audição, que, aliás, é a quarta ou quinta de hoje, poucas horas depois de ser chamado pelo carteiro ao portão com o pacote contendo esse disco. "Earth Spinning Backwards" é quase uma balada, que lembrou bem as músicas da formação de 1999, que além de Rolando e Marcello, tinham ainda outros dois músicos excepcionais, o baixista Luiz Domingues e o guitarrista Rodrigo Hid. Formação essa que pude acompanhar bem de perto, durante cerca de três anos, pelas estradas e palcos do Brasil.

A quarta faixa, "Big Paul's Basement", é um Rock bem básico, embora tanto pesadinho, e a letra faz referência, com certeza a certo porão do Paulão, uma referência que decerto os músicos de Rock de São Paulo, e os fãs mais aficcionados irão entender. Uma faixa sem grandes novidades, nem virtuosismos, mas competente e, enfim, como diz o refrão: "always rock'n'roll in Big Paul's Basement".

A quinta e última faixa desse disco, que além de me tirar o fôlego, fez cair a energia elétrica na cidade é: "Flesh", que já na primeira audição se tornou a minha predileta do disco. A coesão entre os músicos, o ritmo preciso entre os instrumentos e o amálgama com a letra, tornam essa música, em minha opinião, um clássico do Rock pesado. Uma levada que lembra em alguns momentos Uriah Heep, em outras Grand Funk Railroad, e inúmeras bandas de Rock Progressivo. O trecho onde há um solo de teclado, sobre a base rítmica é esplêndido e remete aos bons tempos do Prog Italiano. Uma preciosidade que merece ser escutada centenas, milhares de vezes.

O disco foi lançado recentemente, dia 6 de Agosto, data em que se lembra da explosão da bomba atômica sobre Hiroshima. E fico pensando sobre o fato de que os sujeitos que criaram o Rock, ou ao menos os que fizeram dele o que se tornou a maior expressão cultural e artística, no sentido de popularidade, do mundo. Então, uma data como essa, não poderia ser mais bem escolhida para o lançamento desse disco. Espero apenas que aconteçam apresentações ao vivo dessa banda, e que venham muitos outros discos.

A ressalva, na minha nota de avaliação fica por conta do "quero mais", ou seja, apenas cinco faixas? A gente queria no mínimo dez. Fora isso, estou certo de que o público roqueiro, especialmente os fãs de uma música mais elaborada e feita com profissionalismo irão simplesmente ficar apaixonados. Esperemos que, ao contrário do que sempre acontece, prestigiem, comprando o disco e indo aos shows.

Escrito por Barata Cichetto, um admirador do trabalho e um amigo de longa data do genial Rolando Castello Junior, e desses irmãos prodígios, Marcello e Ricardo, sobre um exemplar ofertado pelo amigo, em Araraquara, Morada do Sol, em 15 de Agosto de 2018.


Read more: http://abarata.com.br/musica_reviews_detalhe.asp?codigo=1153#ixzz5OHTaJKTq

29/05/2014

Patrulha do Espaço no Planeta Rock - 2ª Edição



A primeira edição de "Patrulha do Espaço no Planeta Rock", de certa forma atingiu todos os seus objetivos.

Embora não seja uma biografia da banda, como é moda agora, é um inventário composto de textos escritos ao longo de cerca de 13 anos, sobre a banda, que completa em 2014, trinta e sete anos de atividade.

A partir daí, uma série de livros sobre bandas brasileiras se lançaram, pelo menos em projeto, o que é de fato muito bom. Pouco se tem de registro em livro sobre bandas de Rock no Brasil, e quando penso que uma edição artesanal, feita sem maiores recursos e sem nenhum apoio, a não ser dos próprios envolvidos, atingiu a tiragem magnífica de 200 exemplares vendidos em seis meses, só tenho que acreditar que ainda existem pessoas com senso voltado ao Rock no Brasil.

Para esta edição, os textos foram revistos e dois inéditos acrescentados. O numero de páginas também aumentou de 140 para 160.

Este livro é apenas fruto da dedicação de um escritor que, a parte qualquer diferença com os ídolos genuínos do Rock feito no Brasil, ainda acredita que ele precisa, e vai, sobreviver.

PEDIDOS: http://abarata.com.br/livros.asp?secao=L&registro=5

21/06/2013

Patrulha do Espaço - Poder

Video da música "Poder", da banda Patrulha do Espaço e adaptação do logo originalmente criado por Johnny Adriani,  por Barata Cichetto.


01/06/2013

Eu, Robot (Trilha Sonora Patrulha do Espaço - Robot)


Colagem sonora e visual, tendo por base a música "Robot" da banda Patrulha do Espaço, com áudios da série Perdidos no Espaço e do filme italiano "L'Uomo Meccanico", de 1921, escrito, dirigido e interpretado por André Deed. O título é uma referência ao livro de Isaac Asimov "Eu Robot", com a provocativa inclusão da vírgula, o que cria uma interpretação totalmente diferente.

Entrevista Barata Cichetto Por Paulo Ragassi, Programa Tah Ligado! All TV



28/05/2013

Rádio Barata Livre - Programa 16


Rádio Barata Livre
(Barata Sem Eira Nem Beira)
Produção e Apresentação: Barata Cichetto
Segundas, das 21 as 23 horas pela Stay Rock Brasil
Reapresentação, terças, das 16 as 18.
Programa Nº. 16 - 27/05/2013
Especial Patrulha do Espaço
www.patrulhadoespaco.com.br

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Abertura:
* Patrulha do Espaço - Riff Matador
"O Rockeiro e o Poeta" (Barata Cichetto)
Background: *  Patrulha do Espaço - Dudu's Bolero (Instrumental)

Bloco 1 (1978-1980)
Background: For Loonies Only
Disco:
- Patrulha do Espaço - 1979
Integrantes
+ Percy Weiss - Voz.
+ Dudu Chermont - Guitarra, Voz.
+ Oswaldo "Kokinho" Gennari - Baixo.
+ Rolando Castello Júnior - Bateria.
* Patrulha do Espaço - (1980) - Arrepiado
* Patrulha do Espaço - (1980) - Espere Aqui Por Mim

Bloco 2 (1981-1984)
Background: Patrulha do Espaço - Spaced / Tooginger
Discos:
- Patrulha do Espaço (2) - 1981
- Patrulha do Espaço (3) - 1982
- Patrulha do Espaço 4 - 1983
Integrantes:
+ Dudu Chermont - Guitarra, Voz.
+ Sérgio Santana - Baixo, Voz.
+ Rolando Castello Júnior - Bateria.
* Patrulha do Espaço - (1981) - Nada a Perder
* Patrulha do Espaço - (1981) - Planeta Rock
* Patrulha do Espaço - (1982) - Jeito Agressivo
* Patrulha do Espaço - (1982) - Mar Metálico
* Patrulha do Espaço - (1983) - Atenção
* Patrulha do Espaço - (1983) - Fantasia

Bloco 3 -  1985
Background: * Patrulha do Espaço - NAB
Disco:
- Patrulha 85 - 1985
Integrantes
+ Pappo - Guitarra
+ Sérgio Santana - Baixo, Voz.
+ Rolando Castello Júnior - Bateria.
* Patrulha do Espaço - (Patrulha 85 - 1985) - Mulher Fácil
* Patrulha do Espaço - (Patrulha 85 - 1985) - Deus Devorador

Bloco 4
Background: * Patrulha do Espaço - Vieirinha Funky
Disco:
- Primus Inter Pares - 1992
Integrantes:
+ Percy Weiss - Voz.
+ Xando Zupo - Guitarra.
+ René Seabra - Baixo
+ Rubens Gióia - Guitarra
+ Rolando Castello Júnior - Bateria
* Patrulha do Espaço - (Primus Inter Pares- 1992) - Serial Killer
* Patrulha do Espaço - (Primus Inter Pares- 1992) - Olho Animal

Bloco 5 -  1999-2007
Background: *  Patrulha do Espaço - Dudu's Bolero
Discos:
- Chronophagia - 2000
- .ComPacto - 2003
- Missão na Área 13 - 2004
- Capturados Ao Vivo no CCSP 2004 - 2007
Integrantes:
+ Marcelo Schevano - Guitarra, Teclados, Voz.
+ Rodrigo Hid - Guitarra, Teclados, Voz.
+ Luiz Domingues - Baixo.
+ Rolando Castello Júnior - Bateria.
* Patrulha do Espaço - (Chronophagia - 2000) - Sendo o Tudo e o Nada
* Patrulha do Espaço - (.ComPacto - 2003) - São Paulo City
* Patrulha do Espaço - (Missão na Área 13 - 2004) - Universo Conspirante
* Patrulha do Espaço - (Capturados ao Vivo no CCSP 2004 - 2007) - Não Tenha Medo

Bloco 6 -  2010 - Atual
Background: * Patrulha do Espaço - El Riff
Disco:
- Domindo Em Cama de Pregos - 2012
Integrantes:
+ Marta Benevolo - Voz.
+ Danilo Zanite - Guitarra e Voz.
+ Paulo Carvalho - Baixo e Voz.
+ Rolando Castello Júnior - Bateria.
* Patrulha do Espaço - (Dormindo em Cama de Pregos - 2012) - Maquina do Tempo
* Patrulha do Espaço - (Dormindo em Cama de Pregos - 2012) - Quatro Cordas e um Vocal

Bloco 7 -  Instrumentais
Background: * Patrulha do Espaço - Tooginger
* Patrulha do Espaço - NAB
* Patrulha do Espaço - Nihil Wave
* Patrulha do Espaço - Vieirinha Funky
* Patrulha do Espaço - El Riff!

Encerramento:
Chamada "Manifesto" (Rolando Castello Junior)
Dedicatória: Paulo de Tharso
Background: * Patrulha do Espaço - Down In Rudge
* Patrulha do Espaço - Rolando Rock
* Patrulha do Espaço - Epilogo (Instrumental)

06/05/2013

Livro "Patrulha do Espaço no Planeta Rock"


No dia 30 de Maio, Quinta-feira, feriado de Corpus Christi, a Patrulha Do Espaço estará em São Paulo, no Manifesto Rock Bar com mais um show de Rock sensacional. E para quem é fã da banda, Luiz Carlos Barata Cichetto, estará presente com o livro "Patrulha do Espaço no Planeta Rock", que narra algumas das impressões e vivências que teve com a banda.

27/09/2012

O Suprassumo dos Subestimados - Parte 1 - Rolando Castello Junior


O Suprassumo dos Subestimados - Parte 1 - Rolando Castello Junior
Luiz Carlos Cichetto
Foto:Site Oficial de Rolando Castello Junior (Fotógrafa:  Lyrian Oliveira)

Há tempos atrás, quando comecei a publicar minhas listas no Whiplash, listas estas que despertaram a ira dos fanáticos a ponto de receber até mesmo ameaças veladas, tenho pensando sobre mostrar artistas e bandas que mereceriam ser melhor conhecidas pelo grande publico, mas que não o são por razões das mais diversas, hediondas e até criminosas possíveis. Sim até criminosas, pois os critérios usados pela mídia e pelas máfias das gravadoras e editoras de musica são dos mais perversos e violentos, destacando apenas aqueles cujos retornos financeiros são imediatos e garantidos. E nada como um cantor ou cantora bonitinho e ordinário, sem nenhum talento e devidamente remontados e remanufaturados em estúdio. Uma carinha bonitinha, uma bunda gostosa e dane-se se há talento artístico ou não.  

Aparentemente a máxima do sucesso "estar no lugar certo, na hora certa e com as pessoas certas" nunca se aplica aos verdadeiros artistas, particularmente que tocam Rock no Brasil. O chamado "Pop Rock", essa escrotisse inventada pelas gravadoras com o intuito de trajar de Rock bandas e artistas que nada tem a ver, parece ser a única coisa aceita. 

A mentalidade brasileira, mesmo mais de 50 anos do Rock ter chegado ao Brasil ainda o trata como "estrangeirismo" estabelecendo uma linha de atuação absurda que admite o Rock que é feito no exterior e chega aqui de todas as formas, mas não os artistas daqui. Velhos e caquéticos medalhões, que nem brilham tanto ou não brilham mais, são tratados como verdadeiras majestades não apenas pela mídia, mas pelo próprio público e pelos "artistas" da terra. Enquanto artistas do Rock internacional, milionários são tratados com pompa, gala e reverência e colocados em castelos; os daqui são tratados como parias e a pontapés. Enquanto artistas americanos e ingleses e de toda parte do mundo ganham fortunas enriquecendo ainda mais, os daqui ganham misérias e migalhas. Enquanto os "gringos" lotam arenas a preços exorbitantes, os "nativos" não recebem publico, nem a preços irrisórios. Uma demonstração clara de estamos ainda sob a égide do jugo, vivendo eternamente a condição de colonizados.

E para não perder o costume, estou criando uma outra lista. Mas a idéia agora é traçar o perfil de um artista em cada artigo, para que possa ser demonstrado de forma mais apurada o trabalho de cada um. Foi difícil criar esta lista, pois não queria deixar de lado ninguém que merecesse estar nela. Ser injusto com “Ídolos”, não me deixa com a consciência pesada, mas com pessoas que já por si só estão sendo injustiças pelas circunstâncias, me deixaria com a consciência pesando toneladas. 
Aeroblus Pappo, Rolando e Alejando Medina:
Fonte:  http://aeroblusoficial.com.ar

.: Rolando Castello Júnior 

Recentemente, Rolando Castello Junior foi eleito por uma revista argentina como "O Mais Grande Baterista do Mundo". Na matéria, Rolando é comparado aos grandes bateristas de Rock do Mundo, como John Bonhan e Keith Moon, ambos falecidos. E de fato, se fosse ele americano ou inglês estaria com seu lugar assegurado em qualquer lista dos melhores, cantado e ovacionado e merecedor de lugar de destaque em qualquer “Hall of Fame”. Mas como estamos no Brasil, pátria das chuteiras e das injustiças culturais...

Desde o inicio de carreira, ainda nos primeiros anos da década de 1970, com passagens por bandas no México (Parada Suprimida, Tarantula e Three Souls In My Mind), que ele se destaca, por sua técnica impar de tocar o instrumento. Em 1974, "Junior", foi o baterista do primeiro disco do “Made In Brazil”, o lendário “disco da banana”.  Em 1977 foi para a Argentina onde formou com o mestre da guitarra Norberto Pappo Napolitano uma das mais emblemáticas bandas portenhas, o “Aeroblus”, até hoje reverenciada e homenageada por todos os roqueiros do país de Maradona. E esse fato, aliado ao reconhecimento dos argentinos ao talento do baterista, fazem dele um ídolo.

Enquanto isso no Brasil... Rolando que foi um dos fundadores da “Patrulha do Espaço” juntamente com Arnaldo Baptista, segue carregando o legado da banda nas costas por 35 anos, tendo gravado com a “Patrulha” cerca de 20 discos, além de participação em discos de outras bandas e artistas do Rock “Nacional”. Segue em frente, tocando e ainda acreditando no Rock, como poucos.

Dono de uma técnica insuperável no instrumento, Rolando é referenciado pela maior parte dos grandes bateristas brasileiros como Paulo Tomás do Baranga, Paulo Zinner, ex Golpe de Estado e dezenas de outros. Sua forma de tocar é inconfundível e única, frutos de uma genialidade nata aliada a fatores de superação física. Embora não goste de falar sobre o assunto, Rolando teve poliomielite na infância que deixou fortes sequelas, que decerto colaboraram com sua forma de usar o instrumento.

Há um tempo atrás, li uma matéria sobre medicina em que um ortopedista dizia que a genialidade de Garrincha se devia a um "defeito físico" nas pernas que mudava todo o seu centro de gravidade e que isso, aliado à sua genialidade genética o transformara num gênio. Um gênio sufocado por Pelé e seu Marketing Pessoal melhor construído. Não vejo uma comparação melhor do que a existente entre Rolando e Garrincha, pois enquanto Pelé é um milionário, Garrincha morreu pobre. A esperteza e ganância da mídia fazem ídolos a seu bel interesse e, por mais genial que um ser possa ser, ele jamais desfrutará dos justos patamares de glória caso não se "venda", de alguma forma, a seus interesses mesquinhos. 

E assim, por estes e outros obscuros motivos, o trabalho de Rolando Castello Junior permanece desconhecido da maior parte do publico, mesmo dentro do publico de Rock, que normalmente rende glórias aos grandes bateristas da história do Rock e desconhece que aqui mesmo existe um músico, vivo e produtivo e que ainda coloca nos ares sua banda, com muito esforço e dedicação a um Rock que, tal como o restante da Cultura nacional é cega, surda e muda.

E, usando ainda a comparação com o futebol, atualmente se rende loas a "cabeças-de-bagre" (usando um jargão futebolístico), como os "neymares" e se acredita (porque a mídia assim o impôs) que Pelé foi o maior craque de todos os tempos. Mas se esquece ou não se conhece a genialidade de Manuel Francisco dos Santos, o Garrincha. E se rende homenagens a tocadores de bateria e fazedores de barulho como (Huuuuum, deixa pra lá!...) e desconhecem o talento, e porque não dizer a genialidade, de Rolando Castello Júnior.

Ah, os argentinos acham que foi Maradona o maior, mas sempre lembram que Rolando Castello Junior é o "Mais Grande Baterista do Mundo". Futebolisticamente falando podem estar errados, mas com certeza, entendem de Rock melhor do que “nosostros”.
Disco Mais Recente da Patrulha do Espaço (2012)
http://www.patrulhadoespaco.com.br

Discografia Completa:
(Em Ordem Decrescente)
2012 - Patrulha do Espaço - Dormindo em Cama de Pregos - Indie
2007 - Patrulha do Espaço - Capturados ao Vivo no CCSP  -  Voice Music
2006 - Aeroblus - Aeroblus (Digipack) - Universal
2006 - René Seabra - As Cores de Maria - Lâmpada Records
2005 - Brasil Papaya - Esperanza - Beluga
2004 - Patrulha do Espaço - Missão na Área 13  -  Indie
2003 - Patrulha do Espaço - Sim São Paulo - Baratos Afins
2003 - Patrulha do Espaço - Compacto - Indie
2003 - Patrulha do Espaço - Demo Sul - Braço Direito Records
2002 - Patrulha do Espaço - Dossiê Volume 4 - Indie
2001 - Patrulha do Espaço - Música Para Reciclar
2000 - Patrulha do Espaço - Chronophagia  -  Indie
1999 - Made in Brazil - Made in Brazil - BMG
1998 - Relespública - E o Rock’n’Roll Brasil!? - Indie
1998 - Patrulha do Espaço - Dossiê Volume 3 -  Baratos Afins
1998 - Patrulha do Espaço - Dossiê Volume 2 - Baratos Afins
1997 - Patrulha do Espaço - Dossiê Volume 1 - Temptation
1997 - Aeroblus - Libre Acceso / Aeroblus - Polydor
1995 - Made in Brazil - Acervo -  RCA
1994 - Patrulha do Espaço - Primus Inter Pares - Aqualung
1993 - Beijo AA Força - Coletânea - Tinitus
1993 - Aeroblus - Aeroblus -  Phillips
1993 - Quantum - Quantum -  Record Runner
1993 - Beijo AA Força - Beijo AA Força  -  Tinitus
1992 – Pappo - El Riff - Trípoli Records
1990 - Cemitério de Elefantes - Coletânea - Vinil Urbano
1989 - Maria Angélica - Outsider - Vinil Urbano
1989 - Arnaldo e Patrulha do Espaço - Elo Perdido - Vinil Urbano
1988 – Arnaldo e Patrulha do Espaço - Faremos uma Noitada Excelente  -  Vinil Urbano
1986 - Inox - Inox - CBS / Epic
1985 - Patrulha do Espaço - Patrulha 85  -  Baratos Afins
1983 - Mario Garcia - Sr. Cisne - Indie
1983 - Quantum - Quantum - Café
1983 - Patrulha do Espaço - Patrulha do Espaço 4 -  Baratos Afins
1982 - Patrulha do Espaço - Patrulha do Espaço - Baratos Afins
1981 - Patrulha do Espaço - Patrulha do Espaço - Seta / Ariola
1980 - Patrulha do Espaço - Patrulha do Espaço - Halley
1979 - Billy Bond - Billy Bond and The Jets - Sazan
1977 - Aeroblus - Aeroblus - Phillips
1975 - Made in Brazil - Coletânea - RCA
1974 - Made in Brazil - Made in Brazil - RCA
Internet:
.: www.rolandorock.com
.: www.patrulhadoespaco.com.br
.: www.aeroblusoficial.com.ar 

Entrevista de Barata Cichetto com Rolando Castello Junior - KFK Webradio - 2012


(Apertura del Tributo a Aeroblus encabezada por Castello, Medina y Chizzo Napoli, ademas contó con la Participación Millo , "Tete" y "Tanque" Iglesias.)

(Virada Cultural de São Paulo - 2010 - "Festa do Rock" - Vocal Percy Weiss)

26/09/2012

18/08/2012

Patrulha do Espaço no Planeta Rock


Apresentação

Desde 1977, quando estive presente ao primeiro show da Patrulha do Espaço, no Concerto Latino Americano de Rock, em São Paulo, ainda como “a banda do mutante Arnaldo Baptista” nunca mais desgrudei os olhos e ouvidos dessa banda. São trinta e cinco anos de carreira, vinte discos, entre CDs e LPs, centenas e centenas de shows.

Durante determinado período de tempo, passei a viajar e participar intensamente dessa tripulação, vendendo shows, organizando eventos, criando artes, sites, conceitos de discos (como foi o caso de “.ComPacto”) e principalmente participando da minha maior experiência como roqueiro. Foi um período de muita criatividade, tanto por parte da banda como minha, e essa convivência culminou com uma amizade com seu capitão-mor Rolando Castello Junior, que não canso de declarar aos quatro ventos, é um dos maiores bateristas do mundo em todos os tempos e em pé de igualdade com os grandes gênios das baquetas, como Keith Moon, John Bonhan e Neil Peart. 

Donos das chamadas “personalidades fortes” (apelido dado às pessoas teimosas e persistentes e que amam aquilo que fazem acima de tudo) tivemos alguns atritos ao longo dos anos. E alguns até contados nestes textos. E atritos em uma amizade são como dizia Nietzsche: ou a mata ou fortalece. Fortaleceu.

Durante minha jornada a bordo da Patrulha, durante algum tempo escrevi crônicas diárias sobre cada show ou viagem, escrevi um texto para release, fiz entrevistas com Rolando e mais recentemente, já neste ano de 2012, tive a honra de construir mais um site para a banda.

Este pequeno volume, criado especialmente aos seguidores desta que é uma das maiores e mais importantes bandas do combalido cenário de Rock no Brasil, é um apanhado desses escritos, publicados em A Barata, blogs e sites de música e é dedicado a todos Espaçonautas que fizeram dessa tripulação a mais roqueira do planeta.


Patrulha do Espaço no Planeta Rock
Luiz Carlos Barata Cichetto
Editor'A Barata Artesanal - 2012
96 Páginas

10/04/2012

Novo Site da Patrulha do Espaço, Por Barata

"O conjunto foi criado em 1977 por Arnaldo Baptista (ex-Mutantes), juntamente com o baterista Rolando Castello Júnior (que já havia tocado com o Made in Brazil e com o Aeroblus, da Argentina), o baixista Oswaldo "Kokinho" Gennari e o guitarrista irlandês John Flavin (ex-Secos & Molhados). Patrulha do Espaço, (...) estreou no 1° Concerto Latino Americano de Rock, no Ginásio Ibirapuera em São Paulo, em setembro de 1977, tornando-se uma das principais expressões do Rock paulistano e brasileiro das últimas décadas."


O texto acima é a parte inicial do verbete da Wikipédia sobre a Patrulha do Espaço, banda que há trinta e cinco anos entre decolagens, pousos forçados e aterrissagens em terrenos inóspitos, sempre primou pela qualidade de suas músicas e sempre fez questão de ser fiel ao "Sonho eterno de Rock'nRoll", conforme uma de suas próprias músicas. E essa fidelidade ao Rock, ao menos numa terra sem uma base cultural-musical de qualidade, custa caro. Resultado: o Rock no Brasil perdeu essência, qualidade e principalmente o rumo. Poucos exemplos de bandas que realmente tocam Rock. Alguns retornos de "velhos estandartes" e alguns poucos que insistem, persistem e resistem. E entre esses que são "a resistencia do movimento, matando dez leões a cada dia", está a banda comandada Rolando Castello Júnior.


E desde o tal Concerto Latino Americano de Rock que acompanho o trabalho da banda, tendo presenciado apresentações inesquecíveis, como no Ginásio do Palmeiras, ainda com Arnaldo, a inesquecivel apresentação no SESC Vila Nova, com a participação do lendário Manito numa canja ensandecida que culminou com o guitarrista Dudu Chermont espatifando à la Pete Towshend, uma SG azul no palco. Depois disso, a apresentação na Equipe Tarkus, sobre o qual já comentei à exaustão. Fora esses, a abertura para o Van Halen e uma infinidade de outros shows aos quais compareci, sempre procurando acompanhar de perto a carreira dessa banda, que a mim sempre soou autêntica e forte e que, mesmo com suas osclilações de altitude, de volume e frequência, sempre foi fiel aos mais profundos principios essenciais do Rock'n'Roll.


Num determinado momento de 2001, se a memória não falha, passei a ter contato com o Capitão-Maestro da Patrulha do Espaço, à guiza de construir um website para a banda. Naquele momento o site não saiu, mas veio um convite para acompanhá-los em turnês. Foi uma época magnífica, de muito aprendizado sobre o mundo do "show business" e, principalmente sobre as dificuldades de se tocar Rock no Brasil. Uma época de muita adrenalina, muitas discussões ao calor dos espetáculos, mas de profundo enriquecimento humano e cultural. Essa fase durou cerca de três anos, mas mesmo depois continuei a ter contato com Rolando, embora nós dois, portadores de fortes personalidades, estejamos sempre nos estranhando... Mas o mais importante é que, desses "estranhamentos", típicos de pessoas que pensam e reagem, sobrou uma amizade difícil de encontrar no tão falso mundo da música e, principalmente, mundo do Rock.

No final de 2011, Rolando comentou sobre o novo disco, sobre a necessidade de ter um bom site. Aceitei de pronto o convite (pois amigos não pedem, convidam) e comecei a trabalhar no site. Muito trabalho, mas um desejo de colocar ali, além do básico que qualquer profissional da área colocaria, a emoção de estar, de alguma forma não apenas contribuindo para um trabalho no qual eu acredito sinceramente, mas de fazer uma homenagem a todos aqueles que acreditaram e ainda acreditam no "Sonho Eterno de Rock'n'Roll"... Mesmo que "Dormindo Em Cama de Pregos"... Ladies and Gentlemen: www.patrulhadoespaco.com.br .


09/04/2012

Patrulha do Espaço Dormindo em Cama de Pregos



A palavra "faquir", de origem árabe que significa "pobreza" e designava uma pessoa dedicada á exercícios que exigiam alto poder de controle sobre sua própria mente a fim de executar feitos como engolir fogo ou dormir sobre camas de pregos. Os faquires viviam da esmola ou de pagamentos feitos em troca da recitação de escrituras, versos ou nomes santos. Na Índia, os faquires eram confundidos com mendigos.

Agora, o que tem isso a ver com Patrulha do Espaço? "Dormindo em Cama de Pregos", mais recente CD, em realidade um EP que contem quatro faixas inéditas e duas "bônus", é o 20º disco da banda capitaneada pelo baterista Rolando Castello Junior, que desde 2004 não lançava material inédito. Depois de "Missão na Área 13", último de estúdio e penúltimo com a formação anterior que incluía Marcelo Schevano, Luiz Domingues e Rodrigo Hid, a Patrulha lançou apenas um disco ao vivo, "Capturados ao Vivo", gravado no Centro Cultural São Paulo. A atual tripulação que conta com Rolando Castello Jr. (bateria), Marta Benevolo (vocais), Paulo Carvalho (baixo) e Danilo Zenite (guitarra e voz) nunca tinha lançado um disco, mas agora nos brinda com "Dormindo..." que apesar das poucas faixas é uma coleção de musicas absolutamente essenciais. 

"Rolando Rock", é uma espécie de autobiografia de Rolando Castello Junior e "Riff Matador" soa como uma declaração de propósitos da banda. "Maquina do Tempo" e "Estrelas Dirão", uma balada e um Rock básico são as outras faixas inéditas do disco. Quanto às bônus: "Quatro Cordas e Um Vocal", gravada com Schevano na guitarra e vocal e o baixista René Seabra, é uma belíssima e emocionante homenagem ao baixista Oswaldo Gennari, o Kokinho, e Débora Carvalho, vocalista da banda Made In Brazil, que faleceram em 2008/2009. "Rock Com Roll" é uma faixa ao vivo ainda da formação antiga.

Mas a grande sacada de “Dormindo...” é que ele é um CD-Ingresso, ou seja, a compra do CD dá direito ao ingresso em qualquer show da turnê 2012 da banda. Uma idéia que poderia muito bem ser copiada por outras bandas e artistas que reclamam da falta de venda de CDs e da falta de público em shows, pois uma coisa alimentaria a outra. 

"Dormindo Em Cama de Pregos" tem apenas cerca 30 minutos, mas carrega a história de 35 anos desta que é uma das mais importantes bandas de Rock do Brasil, surgida no fim dos anos 1970, uma das épocas mais explosivas e criativas da música mundial, na esteira de festivais históricos, piração e sonho coletivo. A Patrulha do Espaço abrigou músicos do calibre de Percy Weiss, Sérgio Santana, Dudu Chermont, o argentino Pappo, além do citado Kokinho. Todos esses, com exceção de Percy, já falecidos. São 20 discos lançados desde 1979, dezenas de músicos e nenhuma musica nas "paradas de sucesso", nenhuma grande exposição na media, nenhuma venda estrondosa de nenhum de seus discos. Muita batalha, pouco dinheiro; muito talento e um reconhecimento limitado aos fãs mais rigorosos e conhecedores mais profundos. A abertura do show do Van Halen no Brasil em 1983 a convite de Eddie Van Halen e mais nada... Muito, muito pouco! 

Seriam então estes os fatos que nortearam a criação do nome do disco atual? Provavelmente sim, pois as pessoas que, a exemplo de Rolando, que acreditam e trabalham em nome do santo espírito do Rock no Brasil são mesmo autênticos faquires, necessitando de um enorme controle mental a fim de poder sobreviver executando seus exercícios de engolir sapos e dormir sobre camas de pregos. Vivendo praticamente das sobras da mídia e sobrevivendo da "recitação" de suas musicas em lugares cada vez menores. E que no Brasil são confundidos com bandidos... 

Portanto, o nome do disco da Patrulha do Espaço é muito mais que o nome de um CD de uma banda de Rock "feita no Brasil só pra tocar Rock'n'Roll", é um manifesto silencioso, lúdico e penetrante. Entenda quem quiser. E acorde quem não dorme o sono eterno da ingenuidade. 

Nota adicional: tive a honra de, bem antes do lançamento desse disco, escutar as musicas e apreciar o belíssimo trabalho de capa do argentino Adrián Arellano. Uma honraria concedida pelo comandante da Patrulha do Espaço baseado em uma longa história que começou na primeira apresentação da banda em 1977, um show em 79 em que eu quebrei a clavícula, uma vivência como manager de 4 anos á bordo do ônibus Mercedes Benz 1976, o  “Azulão” , onde também escrevia o Diário de Bordo daquelas viagens alucinantes, e que acabou gerando uma amizade pessoal com Rolando e uma participação ativa no lançamento do “.ComPactO”. Recentemente declarado como “Patrulheiro Emérito” e “semi-brother”, nas palavras desse autêntico Herói do Brasil. 

Patrulha do Espaço
Dormindo Em Cama de Pregos
2012 – Independente
Produzido por Rolando Castello Junior
1 – Rolando Rock
2 – Riff Matador
3 – Máquina do Tempo
4 – Estrelas Dirão
Bônus:
1 - Quatro Cordas e Um Vocal
2 - Rock Com Roll

Line Up:
Rolando Castello Jr. (Bateria e Voz), Marta Benevolo (Voz), Paulo Carvalho (Baixo) e Danilo Zanite Guitarra e Voz)





E a partir de 10/04/2012, novo site Oficial da Patrulha do Espaço: www.patrulhadoespaco.com.br 

03/04/2012

Dormindo em Cama de Pregos e Dando Murro em Pontas de Facas??? Os Dois??


Carta-Desabafo de Rolando Castello Jr.


-------Mensagem original-------

De: Patrulha do Espaço
Data: 3/4/2012 01:44:16
Para: Luiz Carlos Cichetto
Assunto: Depois das 11.

Bro, aqui estou eu, escrevendo sem vontade de escrever. 
O saco tá cheio demais, parafraseando a letra de Riff Matador
"Matando dez leões a cada dia, sou o otário do movimento"
Está difícil ser otimista, está tudo muito chato, esse país definitivamente e o país caranguejo, anda de lado ou pra trás.
Como dizia o Jânio.."as forças ocultas" será que aquele bêbado filha da puta já sabia de algo, De Gaulle realmente sabia e sociólogos á parte o francês mandou bem, sacou direitinho a idiossincracia do nosso povo com a famosa frase "este não é um país sério" e falou na cara dos homens, mas também o franchula era general, presidente, herói de guerra, que é que ia peitar.
E nós?
Não somos generais, nem presidentes, somos apenas heróis de guerra, de uma guerra mais suja. que aquelas que se travaram por aqui nos anos 60, ao menos aqueles abnegados sabiam quem era o inimigo.
Nós não, os inimigos estão sempre disfarçados de amigos ou travestidos de rockeiros, enquanto isso os gringos velhos vem todos tocar por aqui, enquanto nós continuamos sonhando, agora o sonho é em ser um gringo velho.
O problema não é suportar a ineficiência e incompetência do brasileiro, aí incluo povo e estado, esses habitantes da sexta economia do mundo conseguiram acabar com qualquer resquício de bom gosto cultural, então o que dizer do demais.
Nada funciona.
Enfim deixemos as reclamações de lado, afinal deve haver algo de muito errado conosco, afinal o Rogers Waters, Paul McCartney, Creedence, Focus e Michel Teló, não devem estar errados quando dizem, this is a beatiful country and you all are wonderful and tanx for your dollars.
Amanhã (hoje) é outro dia e tenho que lançar (?) um disco e terminar um sitio (cansei da palavra site) espero acordar com toda a raiva renovada, só assim pata ter forças e seguir adiante, um Dramin também ajudará para não ficar enjoando com tanta esculhambação.
Abraço.

Rolando Castello Junior
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De: luiz.cichetto@gmail.com
Data: 3/4/2012 03:06:32
Para: Patrulha do Espaço Patrulha do Espaço
Assunto: Res: Depois das 11.

É, meu amigo, simplesmente certo, infelizmente certo. Seus sentimentos são justos, claros e verdadeiros. Muito do que falas eu também tenho esperneado, nas minhas poesias, programas de radio etc. Mas quem nos escuta? Falamos literalmente com paredes. Corremos na madrugada e batemos em teclas repetidas, mas sem eco e sem retorno. Saco cheio, sim... Nós nos sentimos assim: "otários do movimento". Mas, bro, entende uma coisa dolorosa: não existe mais movimento. As pessoas foram todas pra casa e apenas "curtem" (na nossa época esse verbo tinha outra conotação) no Facebook. Ninguém quer saber o que pensamos e o que sentimos. Não espere um consolo ou algo piegas e barato do tipo, "não, não é nada disso!". É isso sim, o Rock acabou e tudo aquilo que ele pregou, tentou, buscou. Somos dois velhos ranzinzas acreditando em sonhos que infelizmente cada vez menos sonham junto. A Marta está certa: não existe a Maldição da Patrulha... Existe a maldição do Rock... Uma mandinga feita com extrato de ignorância, dois dedos de hipocrisia e um copo cheio de vaidade... Os verdadeiros artistas do Rock no Brasil estão mortos ou apodrecendo vivos, sem feder... à mingua, enquanto gringos e telós e belos fazem a festa do latino... No apê ou na puta que o pariu. O brasileiro é um chupador de bolas, de todos os tamanhos e calibres... Estou farto também, bro! Muito mesmo. Nós lutamos, nos fodemos.. E daí? alguém quer saber disso? 
Feito um idiota escrevo minhas poesias, banco meu sitio (também prefiro essa grafia) E ninguém, absolutamente ninguém dá a menor bola... Será que precisamos morrer para sermos considerados heróis???  Esses desabafos são legitimos, decentes e corretos. E acaso queiras um parceiro, ou seja alguém que comunga dos teus mesmos sentimentos, leia/veja/escute os poemas e textos que coloquei recentemente... Os videos porno-poéticos.. É isso ai... Tudo lá...
E bem depois da 11, e sempre depois, pode esperar, estou sempre... Amigo!
E uma coisa ainda podes contar: estamos nessa juntos, sou um bosta sem dinheiro, uma merda de um poeta cheio de rugas que anda com o saco cheio da merda do mundo.. Mas sempre vou estar, antes e depois das 11, de braços dados com os verdadeiros companheiros, amigos de fato e de direito. E pra terminar: eu ainda acredito no seu sonho, ainda acredito, sim! E foi por isso que me propus a ser a midia, de fazer acontecer o sitio... Sim, estamos todos dormindo em camas de pregos... 
PS... Seguinte: quero lhe pedir - e não aceito não por resposta - para publicar esses desabafos no meu blog, afim de que algum incauto, ou algum sonhador imbecil feito nós, saiba... Para que conste na "capsula do tempo" esses gritos.. Para que alguém no futuro, que pode ser daqui a 5 minutos, ao abrir tome um susto com os gritos...

Abraço
Luiz Carlos "Barata" Cichetto