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16/07/2012

Viver É Apenas Contar Histórias...


Viver É Apenas Contar Histórias...
A Jon Lord e Meu Amigo ARL, que hoje deixaram de contar e fazer parte de algumas histórias
Luiz Carlos Barata Cichetto
Ilustração: Jacek Yerka

Quando morre uma pessoa com quem partilhamos um pedaço de nossa história nos sentimentos tristes. Tristes, porque com ela desaparece um pouco de nós mesmos. E não ficamos tristes apenas por saudades, por falta da presença, por gostar ou deixar de gostar. Nem é porque amamos ou até mesmo odiamos, mas porque com ela morre sempre um pouco de nós, justamente aqueles pedaços, bons ou ruins que compartilhamos com o morto. Aqueles pedaços se foram para sempre e então sentimos a nossa própria morte ali... E nos sentimos fracos porque aquele ser defunto carregou com ele um pedaço, maior ou menor de nós. Sabemos que no fundo somos todos apenas mortos demorando um pouco mais ou um pouco menos. Somos apenas história, e a de cada um é formada por pedaços das histórias dos outros. Um pedaço de cada um que interagiu conosco, forma a nossa história, e cada pedaço nosso, a história de todos aqueles com quem a partilhamos. Então, quando morre alguém com que interagimos por anos, apenas por dia, apenas por uma hora, ou mesmo apenas por intermédio de um olhar, morre um pouco de nós. Mesmo quando morre alguém que sequer soube de nossa existência, um artista, por exemplo, que fez parte da nossa história contando a dele, nos entristecemos profundamente. E não há nada errado nisso, pois ao morrer um cantor, por exemplo, cujas musicas embalaram certos trechos de nossa história, sentimos que aquele pedaço se foi com ele... E ele fez, mesmo sem saber, parte da nossa. Até que não sobre nenhum pedaço de nossa história, a não ser... Histórias. Façamos então com que com cada pessoa com quem partilhamos um pequeno pedaço de nossa história, que seja ela apenas por uma palavra, apenas por um olhar, apenas por um gesto, o melhor pedaço da nossa história e do outro. Apenas assim estaremos perpetuados... Na história. Assim seremos eternos.... Porque enquanto nossa histórias perdurar estaremos vivos. Cabe-nos, portanto escreve-la da melhor forma possível e contribuir para que todas as outras histórias que ajudamos a construir, também se tornem... Eternas. Porque viver... É apenas contar histórias...