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20/07/2019

Família

Família
Ao meu irmão Genecy Souza e a minha filha Joanna Franko

Aos meus pais, a meus filhos e a qualquer um que seja:
Família não é o que se empresta, nem o que se deseja.
Respeito é o que importa, e irmão é o que lhe respeita,
O restante tem o sangue, igual ao pernilongo e a seita.

Aos meus filhos, pais e todos que se afirmam parentes:
Família não é sorriso de fotografia de pasta de dentes,
É dividir a dor em partes idênticas, reduzir as cargas,
O resto é peso morto que carregamos nas costas largas.

A meus pais e filhos, que batem punheta a comunistas:
Família não é um luxo lixo aos interesses capitalistas.
É fluxo fixo de trocas, sem perdas ou lucros cessantes,
Sem saldo em conta bancária, e nem juros incessantes.

A filhos meus e pais seus, que roubaram noites e dias:
Família não é herança genética dos úteros das vadias.
É estar perto mesmo que longe, junto até que separado,
Ser o que precisar ser, e não aquilo que lhe é esperado.

A meus filhos que não são pais, e a pais sem filhos:
Família não é rua sem saída, nem trem sem trilhos.
É a estrada de mão dupla e um caminho sem culpa,
A quem não se precisa pedir perdão e nem desculpa.

Aos meus filhos sem mente, e meus pais sem coração,
Família não é a escolha, uma democracia sem eleição.
É um direito ao dever e um dever àquilo que foi feito,
E nem sempre perfeito é justo, ou não pode ser eleito.

Aos meus filhos, da puta ou da santa, e nunca abortados:
Família não é cuidar dos pais ou de filhos não adotados,
É dar aquilo que não foi pedido, agradecer o oferecido,
Sabendo que a troca é um valor há muito desaparecido.

E aos meus pais, que abortaram de mim antes de nascer:
Família não é sobrenome, ou algo que se possa esquecer.
Não é escolha, mas conquista; individual, e não coletivo,
É capital do ser, trabalho do estar; e essência do ser vivo!

20/07/2019


18/05/2019

Poema de Sete Faces Além da Minha

POESIA EM PROSA | Poema de Sete Faces Além da Minha
Luiz Carlos Cichetto
Outra Face do "BBibliotecário", de Gazua, por Celso Moraes F.

Um dia conheci Carlos. E Carlos, que poderia ser eu mesmo, mas era um outro, que não Mário nem Oswald, mas da família. E ele me disse, "Vai, Carlos, vai ser gauche na vida!". E eu disse: - Vai, Carlos, vai se foder na vida! E nem sabia para qualquer Carlos eu dizia aquilo, se ao outro ou se a mim mesmo. Afinal, como Carlos também são o Roberto e Erasmo, e como Carlos também é outro, que não fala com anjo torto, nem está morto, feito o outro Carlos e eu. Um dia conheci Andrade, que não tinha maldade, mas tinha tesão. E Andrade me disse que se chamasse Raimundo, seu nome seria Solução. E por fim eu disse: - Vai, Carlos, vai para o mundo, ser gauche, na puta que te pariu!

17/05/2019

26/10/2017

Imprinting - Making Of

Imprinting é um projeto idealizado e batizado por Joanna Franko. Trata-se de um volume de 80 páginas, com capa dura dupla, acabamento laminado, contando a trajetória do poeta, artista visual, artesão de livros e filosofo Barata Cichetto. Em formato grande, 20 X 27 cm, com centenas de fotos coloridas impressas em papel couchê 150 gramas, depoimentos, registros, entrevistas e ainda textos inéditos, além de curiosidades como fotos de infância, ingressos de shows, etc. O volume inclui um DVD com poemas musicados e videos de entrevistas com o artista, que também foi o autor de toda a criação gráfica. O material é comemorativo dos 45 anos de atividade literária.





























































































23/07/2015

Poema a Uma Bordadeira

Poema a Uma Bordadeira
(À Joanna Franko)
Barata Cichetto

Minha poesia é crua, tecido broco, algodão cru, saco de farinha. Então cabe àquele que a sente costurar sobre ele. Costurar, bordar, desenhar, rabiscar... Teça seu bordado majestoso sobre o pano rude da minha poesia. Pinte... E borde! Bordados majestosos sobre um pano rude. Multicolorido, em ponto cruz, ponto cheio, ponto inglês, vagonite ou rococó... Seu bordado é sua emoção sobre meu poema, pano rústico, sem laca, sem goma, lona quase, apenas tecido com linha por um tecelão inexperiente. Minha mãe foi tecelã. Eu apenas sei tecer, não sei bordar, coser ou pintar. Sou rude, de traços rudes com linhas grossas. Pesponto, ponto por ponto, linha por linha. Saco de farinha, algodão cru, juta, cânhamo e sisal.  Minha mãe era tecelã, urdideira, com orgulho dela mesma. E no tanque, lavando roupa. A tecelã cosia, cozinhava, lavava, pintava, bordava e encerava e eu... No tanque de cimento ela lavava. E eu carregava a sacola de roupas finas e bordadas para a espanhola maldita que nem me dava um doce. Eu roubei um doce, meu primeiro delito. O primeiro de muitos. O outro? Foi não querer lavar roupas finas e bordadas de espanholas malditas. Apenas tecer sobre um pano rude uma poesia tosca, onde seus bordados dão o brilho. Sou tecelão tosco e desajeitado. E o bordado richelieu, russo, sombra, matiz... Reluz.


19/07/2015

Barata Sem Eira Nem Beira - Programa 14




Vincent Price - The Raven - Edgar Allan Poe (Alpha III - Infernus on Dark Mountain)

Poesia: Barata - Todos os Poetas que Reconheço Estão Mortos
Manfred Mann' Earth Band - Spirits In The Night
Leminsiki 1
T. Rex - The Wizard
Leminski 2

Texto: Dia do Rock
Lucifer’s Friend. - Lucifer’s Friend
Black Widow - Come To The Sabbat

Poesia: Joanna.Franko - Razão Inversa
Status Quo - A) Caroline B) Bye Bye Johnny
Foghat - Honey Hush

Texto: Delcidério do Carmo - O Gato Branco (Barata Cichetto)
Allan Parson's Project - The Raven
Lou Reed - Edgar Allan Poe

Saco de Ratos - O Ultimo Trago (Paulo de Tharso)

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Razão Inversa
Joanna.Franko
Narração: Miguel Rodeia

Dispersa,
Imersa
em meu eu,
sou o adverso
de mim mesma.
Torno
meu universo
controverso
amando as rimas
e versos,
e
em paralelas
vou criando
um ângulo
transverso,
de fugas
e medos.
crio um
novo "segredo"
viro a vida
num novo enredo
que é
pra poder
sobreviver...


Originalmente publicado em https://invers0s.wordpress.com/tag/joanna-franko/