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11/03/2020

Filosofia de Pés Sujos


"Filosofia de Pés Sujos" não é um livro de filosofia, é de poesia. "Filosofia de Pés Sujos" não é um livro de poesia, é de filosofia. É poesia filosófica, filosofia poética e o que mais pensar que é. São dísticos (poemas rimados de duas estrófes e um único verso, que tratam basicamente da filosofia que engendrei, não nos bancos de faculdades, mas andando e me fodendo pelas ruas, e nos livros comprados basicamente em sebos. É uma filosofia pura e puta, totalmente livre de dogmas e ideologias. Ali, meu pensamento não tem fronteiras nem censura. É para poucos, como bem escreveu o meu amigo Eduardo Amaro, que escreveu a apresentação do livro, que estará a venda a partir de 1 de Abril pela plataforma UICLAP.
Barata Cichetto, Universidade da Vida, onde o diploma é a certidão de óbito,
Fotos: C. Tarakonas


















10/12/2019

O Filósofo Nosso de Cada Dia

O Filósofo Nosso de Cada Dia
Barata Cichetto



No Brasil aparece um filosofo "genial" todos os dias. A mídia constrói filósofos como se fossem astros do funk ou bonecos de playmobil. O problema é que a imensa maioria deles não é de filósofos - e nem falo em formação de nível superior, pois não é a formação acadêmica que determina -, já que se detém a falar como sociólogos movidos por ideologias políticas. O verdadeiro filósofo não fala do coletivo em relação ao individual, o filósofo real deve tratar do individuo em relação ao um coletivo muito maior que problemas de favelas, cotas, polícia e bandido. Deve o filósofo se preocupar com as vicissitudes da mente e da alma do ser humano, gerador de toda a saúde e enfermidade do mundo. Filósofos a serviço de ideologias políticas de qualquer natureza, não apenas ofendem o sentido da Filosofia, como perdem qualquer respeito às suas ideias. A Filosofia não requer canudo, mas requer isenção política para que seu pensamento possa ser livre. Sem pensamento livre não existe Filosofia, apenas Sociologia barata, corrompida e amorfa.

06/12/2019
©Luiz Carlos Cichetto - Direitos Autorais Reservados

05/02/2019

Desagradável Mundo Novo

Desagradável Mundo Novo
Luiz Carlos Cichetto
(Aka Barata Cichetto)

Sou uma pessoa desagradável. Dentro dos conceitos da palavra agradável: aquele ou aquilo que agrada, satisfaz, transmite prazer, deleite; que demonstra delicadeza, afabilidade; cortês, que satisfaz ou dá prazer aos sentidos, sou puramente o antônimo. Não tenho orgulho de ser desagradável, mas muito menos tenho vergonha. Não faço força para ser, mas muito menos para não ser. Sou assim, e pronto. Ademais tudo depende do que possa ser considerado agradável, sem cair na vala da hipocrisia; tudo depende de quem possa ser considerado agradável, sem cair na mesma pieguice. Não tomo o fato, entretanto, como muita gente pensa, como qualidade boa nem ruim.

Ser uma pessoa desagradável, e admitir isso publicamente, a torna muito mais desagradável, já que a maioria dos seres que compõem a sociedade não tolera desagradáveis, especialmente aqueles que o admitem. Educamos nossos filhos do mesmo jeito que fomos educados, nesse quesito: para serem agradáveis, antes mesmo de os educarmos para serem respeitosos, o que, ao contrário do que pensam serem sinônimos, são coisas extremamente diferentes. Procurar ser agradável, muitas vezes é ser desrespeitoso, especialmente quando não se é honesto com nossos próprios conceitos.

Desconfio absolutamente de pessoas totalmente agradáveis, daquelas que estão sempre sendo corteses, solícitos e risonhos; daqueles que sempre se mostram dispostos a tecerem elogios, soltar palavras de conforto e solidariedade, daqueles que estão sempre procurando demonstrar o quão são bondosos, afetuosos e amorosos. E com esses, decerto, sou muito, mas muito mesmo, desagradável.

Pessoas agradáveis são fúteis, inseguras, falsas e muitas vezes maquiavélicas, já que para manter sua agradabilidade acabam por representar um papel num palco imaginário, onde elas sempre são as protagonistas. 

As próprias definições em dicionário, que dividem o adjetivo de dois gêneros em três partes: educado, alegre, aprazível, acabam por colocar mais lenha nessa fogueira de vaidades, já que nem sempre ser educado significa ser encantador, lisonjeiro e bom, do mesmo jeito que ser alegre não é sinônimo de engraçado, e por fim, ser aprazível é ser risonho e prazeroso. Precisaria muitas laudas apenas para dissecar e rebater esses termos, mas ai seria muito mais desagradável. O importante é que se diga que ser uma pessoa agradável pode ser exatamente a antítese de todos os conceitos pré-estabelecidos, e referidos nos dicionários.

Mas o que me cabe, como aliás cabe a qualquer pensador que se preze, - e que não tenha pretensão a ser filósofo, daqueles que fazem da filosofia uma ciência, coisa que ela absolutamente não é, - é analisar seus próprios conceitos baseados em fatores empíricos, muito mais que qualquer outro. E é nisso que baseio toda a minha análise sobre o que é ser o que sou: um ser desagradável.

As diferenças básicas entre uma pessoa agradável e uma desagradável, é que a primeira diz aos outros não o que ele pensa, mas o que querem escutar, sem ser perguntado, enquanto o segundo diz exatamente o que pensa sobre eles quando perguntado. Existe também outro tipo, uma espécie de mescla entre os dois, que é aquele que diz aos outros o que ele próprio pensa sem ser perguntado, e esse não é agradável nem desagradável, mas simplesmente um mal educado arrogante. 

Somos frutos de uma mesma espécie de árvore que floresce de formas diferentes e em solos diferentes, portanto somos de inúmeros sabores, que podem agradar ou desagradar paladares peculiares, e isso significa que não existem frutos bons ou maus, existem frutos diferentes. E ponto.

Como poeta devo também dividir a categoria entre agradáveis e desagradáveis, sendo que a primeira congrega uma maioria absoluta, já que poetas são aduladores por natureza, procurando com sua arte soar forte e bonito aos leitores e ouvintes, e sempre usando palavras esteticamente belas e falando sempre no plural, e agradando-lhes descaradamente. Já na segunda categoria, ao qual me enquadro sem maiores problemas, não deseja agradar, mas sim provocar emoções fortes, mas nem sempre bonitas. Esses normalmente falam muito de si, da sua própria dor, fazendo assim com que o ouvinte ou leitor o enxergue como um reflexo de espelho, e assim possa se identificar, sem se sentir bajulado ou ofendido.

Pensemos que políticos, artistas populares, personalidades midiáticas e de uma forma geral pessoas enamoradas sempre procuram ser agradáveis, afinal, necessitam ser reconhecidos como boas pessoas. Precisam da admiração alheia para atingir seus objetivos, e o único caminho para tanto é ser um agradável. Essas pessoas são claramente edificáveis por sua linguagem corporal, mantendo gestos abertos, sorrisos plenos, olhares afetuosos, chamando as pessoas por seus nomes, que repetem frequentemente em qualquer ponto da conversa. 

Ao contrário do senso popular, existe uma diferença enorme entre egoísmo e individualismo. Segundo Flávio Gikovate, "Podemos definir o individualismo como a capacidade de exercer a própria individualidade", enquanto "O egoísta é aquele que precisa receber mais do que é capaz de dar. É um fraco e não um esperto. Ou melhor, é esperto porque é fraco e precisa usar a inteligência para ludibriar outras pessoas e delas obter o que necessita e não é capaz de gerar. O egoísta tem que ser simpático e extrovertido. Não é assim porque gosta das pessoas e de estar com elas. É assim porque precisa delas e tem que seduzi-las com o intuito de extrair delas aquilo que necessita.". Portanto, baseado nessa análise, concluo que na prática, uma pessoa agradável é, em suma, um egoísta, e o desagradável pressupõe exatamente a figura do individualista, já que, por sua natureza autônoma, não extrai dos outros sua força, não usa outros para obter ganho. 

A maioria das pessoas tende a preferir o Homem agradável em detrimento do desagradável, basicamente em função de algo que aprendemos desde a gestação: a famigerada generosidade, que tem origem na falsidade dos princípios religiosos, e que é define um ser que "precisa se sentir amado e benquisto e que, para atingir esse objetivo faz qualquer tipo de concessão"m, sendo portanto um egoísta. A generosidade, e seus sinônimos, é outra das características do ser considerado agradável, enquanto que cabe ao desagradável outro termo também mal interpretado como análogo, mas que é de fato bem distinto, que é o altruísmo. Ainda usando como referência o Dr. Flavio Gikovate, que assim define o altruísmo: "a ajuda anônima a terceiros desconhecidos ou pouco conhecidos, de modo que não implica no reforço do egoísmo".  Em resumo: o agradável é por síntese um egoísta dotado de generosidade, enquanto um desagradável é um individualista, que faz com o restante da sociedade uma troca, e que pode - ou não - ser um altruísta. Em resumo: o agradável generoso trata toda a sociedade como meio, enquanto acredita ser ele próprio o único fim, enquanto o desagradável altruísta (ou não) a trata como fim, sendo ele próprio apenas o meio.

Vivemos em um mundo desagradável, numa sociedade desagradável, e com pessoas desagradáveis que fingem de toda a forma serem agradáveis em sua maioria. E é isso que nos transforma em escravos, mais que uns dos outros, de nossas própria agradabilidade. Afinal, o Homem agradável nada mais é que um parasita, que se aloja nas estranhas da árvore social feito um cupim, corroendo-a, enquanto demonstra uma casca polida. Adaptando uma frase da filosofa americana Ayn Rand eu diria que: A preocupação do desagradável é a conquista da natureza, enquanto a do agradável é a conquista dos homens.

E por fim, saindo do campo individual, penso que precisaríamos ter para com a Terra, uma atitude desagradável, por mais paradoxal que isso possa parecer. Que não a tratemos com generosidade, mas com altruísmo, que não a tratemos com egoísmo, mas com individualismo; que não a tratemos como meio, mas como fim. E estou certo que assim entendamos o que de fato é agradável.


Referências:
"A preocupação do criador é a conquista da natureza. A preocupação do parasita é a conquista dos homens." - Ayn Rand - A Nascente

http://flaviogikovate.com.br/individualismo-nao-e-egoismo-2/
http://www.xn--sinnimo-v0a.com/agrad%C3%A1vel.html

05/02/2019

18/08/2012

Filosofia na Orgia



Filosofia na Orgia
Barata Cichetto

Sentes junto a mim e escute as histórias que eu lhe conto
Mas antes saiba que aquele que conta aumenta um ponto
Preciso lhe contar sobre os prazeres santos dos anjos traídos
E sobre demônios que não gozaram o gozo de deuses caídos.

Dispamos nossas roupas, pois é mister a total nudez
A entendermos os mistérios da alma e da sua sordidez
Que tal afagar meus cabelos e escutar minha história
Falando, eu conto casos sobre a dor e sobre a escória.

Deixa eu lhe contar sobre batalhas e guerras, igrejas e crentes
Sobre a mentira de Deus e as verdades nos olhos das serpentes
Ao mesmo tempo em que enfio em sua buceta meus dois dedos
E mexendo descubro que a dor é apenas outro de seus segredos.

Senta e escuta a história, mas senta em cima do meu pau
Deixa enterrado em sua buceta enquanto falo sobre o mau
Suba e desça, suba e desça, pois antes mesmo que anoiteça
Iremos explodir de tesão antes que a paixão ainda apareça.

Enquanto eu conto a história, grita e arranha meus ombros
Unhas são facas, podem transformar desejos em escombros
Deixa eu enfiar meus dedos no seu cu e apertar a sua bunda
Mais a história segue e mais sua buceta em meu pau afunda.

Deixa agora eu contar um detalhe ainda pouco conhecido
Portanto tenho que lhe contar com a língua em seu ouvido
Sei que neste momento estremecerás em elétricas correntes
E quando o segredo acabar tremerás em orgásticas torrentes.

Sabia que em Esparta, meninos eram soldados desde crianças 
Comiam sangue e eram fortes, educados a não ter esperanças
Parceiros a eles eram sempre do mesmo sexo, um ao outro a foder
Mas o Rei sabia que amantes em uma guerra aumentam seu poder.

Agora que sabes da tática bélica espartana, ficas de joelhos no leito
Que meu pau penetrará em seu cu, e lentamente, segurando seu peito
Eu a farei lançar gritos que entre a filosofia do prazer e da dor imensa
Será meu instrumento de dominação, e seu cu será minha recompensa.

Suas unhas em minhas costas, meus dedos em seu rabo enfiados
Porque será que nós dois somos um com o outro tão desconfiados?
De minhas costas escorre puro sangue, de seu cu puro prazer
Confie em mim, acredite nas histórias que eu venho lhe trazer.

Trago histórias de um tempo em que a morte não era de morrer
Um tempo em que a mágica era magia, sangue não de escorrer
Histórias alegres sobre um tempo em que fadas eram crianças
E as crianças eram fadas sob a forma de sonhos e esperanças.

Preciso interromper a narrativa, pois desejo aos bicos dos seus peitos
Transitar minha língua, lamber os bicos de rosas em círculos perfeitos
Subas aos céus, desça aos infernos, grite igual a deusa do paganismo
Enquanto chupo seus peitos e penso o quanto acredito em cristianismo.

Preciso agora lhe contar sobre a dor que sentia o ditador ao ser deposto
Enquanto meu pau endurecido explora sua boca e a pele do seu rosto
Ao ditador cabe a prisão, a tortura e a morte sem que ninguém o socorra
Em sua boca cabe apenas o prazer de ser preenchida de minha esporra.

Quero lhe contar sobre a história da pequena princesa de olhos negros
Estuprada pelo guardião do templo, traiu aos romanos e deu aos gregos
Mas ainda triste, a pequena não queria apenas ser uma doce princesa
Partiu então em direção á Lesbos, onde seria eleita a Rainha da Tristeza.

Mas enquanto eu conto, minha querida e doce prostituta do universo
Chupe meu pinto, que prometo que a cantarei em prosa e em verso
Enquanto falo sobre filosofias, políticas e lhe conto sobre minhas lutas
Deixe que eu goze em sua boca, que eu a elegerei a Rainha das Putas.

Ainda tenho muita história a contar, portanto não durma ainda que noite
Tenho que lhe falar sobre o chicote, dores e sobre os prazeres do açoite
Pegue daquele chicote, deixe que eu marque suas costas e suas pernas
Assim entenderás o prazer e assim saberás o que são as paixões eternas.

Pegue de sua pequena mão, segure a cabeça do meu pau, meu pinto
Suba e desça, desça e suba, acima e abaixo, é gostoso o que eu sinto
Minha mão quase inteira com exceção do polegar penetra em sua vagina
E não há filosofia que possa entender o prazer de masturbar uma menina.

Oh, doce criança! É doce o paladar de sua buceta, raro perfume o cheiro
Lindo ouvir o som de minha língua, estalando igual ao chicote do cocheiro
Esplendido sentir na língua cada cavidade, ver os grandes e pequenos lábios
E a história chega ao fim, pois o prazer emudece o maior dos grandes sábios.

Coloque agora as roupas, vista a calcinha, meu esperma irá carregar consigo
E até que urine ou até que outro lhe conte histórias eu ainda serei seu amigo
Um dia fui Rei e fui deposto, mas retomarei meu reinado e minhas oferendas
E pegue meu dinheiro, que é o preço que tenho que pagar por minhas lendas.

11/11/2006
Registro no E.D.A. da F.B.N. : 505.851 - Livro 958 - Folha 97