O CONTEÚDO DESTE BLOG É ESPELHADO DO BLOG BARATA CICHETTO. O CONTEÚDO FOI RESTAURADO EM 01/09/2019, SENDO PERDIDAS TODAS AS VISUALIZAÇÕES DESDE 2011.
Plágio é Crime: Todos os Textos Publicados, Exceto Quando Indicados, São de Autoria de Luiz Carlos Cichetto, e Têm Direitos Autorais Registrados no E.D.A. (Escritório de Direitos Autorais) - Reprodução Proibida!


Mostrando postagens com marcador T.G. (Trilogia Gozosa). Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador T.G. (Trilogia Gozosa). Mostrar todas as postagens

06/10/2012

T.G. (Trilogia Gozosa) - 3 - Lasciva

T.G. (Trilogia Gozosa) - Lasciva
Barata Cichetto
Foto: http://lasciva.blog.br

E então, lasciva, fodamos aos gritos e beijos?
Ou preferes antes contar sobre seus desejos
Queres que lhe comas ou antes um discurso
Foder-te a bunda ou entrar com um recurso?

Ah, lasciva, que fala das dores e das correntes
Mordaça não lhe cai bem, mostra teus dentes
Ademais, porrada é dor ou forma de carinho?
Respondas antes que eu lhe mostre o caminho.

Tua lascívia é repleta de dores, desejos insanos
Então estariam os amores fora dos seus planos?
Não cubras a dor com o tesão, isso não podes
E não finja que amas aquele com quem fodes.

Então, lasciva que nos dedos carrega as torturas
Queres ir além das dores que te levam às alturas?
Preferes gemer de tesão e ir ao Jardim das Delicias
Ou falar sobre os amores e as teorias das sevícias?

Lasciva falas que o suicídio é a supressão da dor
E lhe conto que dor é supressão da morte, amador
Contas sobre suas putarias públicas, exibicionista
E me lembras de Augusto o “Sonho de Um Monista”.

Perversa, atiças a macharia ao redor, o dedo em riste
Mas teu olhar é o da febre e o da lebre de olhar triste
Falas de desejos, dos teus medos e da ânsia sibarita
E também sou apenas esqueleto esquálido de artista.


T.G. (Trilogia Gozosa) - 2 - Devassa

T.G. (Trilogia Gozosa) - 1 - Devassa
Barata Cichetto
Imagem: do Blog "Lasciva" - http://lasciva.blog.br/wp-content/uploads/2012/05/playboy1.png


Falas que perdestes a inocência em tenra idade
Mas o que perdestes foi o cabaço e a liberdade
Inocência é o sangue que escorre da membrana
Ou a moral perdida ontem ou há uma semana?

Achas que dar a buceta e perder a virgindade
É perder sua inocência, sua fé e a dignidade?
Acaso não chupastes antes, não destes a bunda
E antes de dar já eras mesmo uma vagabunda?

E contas que ao som do Rock perdestes seu cabaço
Mas a inocência perdestes mesmo com um abraço
Acaso siririca não era parte de seu dia de criança
Enfiando dedos na buceta com desejo e esperança?

Ah, minha devassa, não fales de inocência perdida
Porque ela não cessa com uma membrana rompida
Pois a inocência acaba quando o que cessa é o medo
E não seria da moral, a inocência apenas o segredo?

Devassas a minha intimidade com os teus tormentos
Atravessas meu cérebro gélido com teus argumentos
E tamanha devassidão é perigosa à longa distância
Então recorro ao tribunal surdo em última instância.

Ah, devassa, que habita meus sonhos mais imundos
Chupando meu pescoço feito aos vampiros rotundos
Que tal dormir depois que eu devasse sua intimidade
E faça das tuas entranhas a casa da minha liberdade.

05/10/2012

T.G. (Trilogia Gozosa) - 1 - Depravada

T.G. (Trilogia Gozosa) - 1 - Depravada
Barata Cichetto
Foto: http://eduardogregori.com.br


Gostas de falar bobagem e explicitar as formas
Atiças a libido, mas a macharia tem as normas
Mostras o decote, exibes os seios, falas besteira
Então a chamam de depravada, puta e rasteira.

Pensas que eu não a chamo também por vadia?
Mas comigo eu não trago essa tal de covardia
Ou acreditas que não a desejo na minha cama
E penso que és mais do que aquilo que chama?

Portanto, não ligues aos nomes tolos que lhe dão
Pois ao desejo ninguém deve desculpa ou perdão
Sejas depravada na cama, nas ruas ou na escola
Que ao orgasmo ninguém precisa pedir a esmola.

Os maiores da história foram depravados decerto
Então fodam-se os que não a querem ter por perto
Gostam das palavras obscenas, despertam a libido
Mas apenas são hipócritas com o desejo reprimido.

Ensejas a mim um poema falando de depravação
Pois não me peças provas as tolas da reprovação
Mostras o dedo, as pernas e um pouco do seu resto
Então não digas que sou homem e que não presto.

Gostas de falar foder, amas as palavras obscenas?
Mostras a bunda na estrada e outras belas cenas
Mas gostas de falar em fodas e ou gostas de foder?
Porque ai reside a diferença entre o sexo e o poder.