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28/02/2012

Poemas de Barata Cichetto Musicados por Renato Pop


Perpetuação



Sou meu próprio pesadelo e sou a minha própria criação
Minha própria morte, um ataque ao meu próprio coração.

Sou minha própria crença e a santidade da minha santificação
Minha própria dor e os pregos de minha própria crucificação.

Sou eterno quanto a própria morte e escravo da minha abolição
Minha própria esperança e o desespero de minha própria aflição.

Sou minha própria loucura e a sanidade da minha internação
Minha própria doença e cura por minha própria mortificação.

Sou a própria existência e minha própria morte por execução
Minha própria sentença e o juiz da minha própria condenação.

Sou errado quanto sonhos, perfeito em minha total imperfeição
Minha própria esperança, finado em minha própria perpetuação.


Cão Atropelado



Desembucho a minha lira e danço pelado
Estrebucho minha ira feito cão atropelado
E canto a minha sina de poeta aniquilado.

Bêbado poeta, louco profeta anestesiado
Afogando minhas dores, morro asfixiado
E vivo sobretudo pela morte sentenciado.

Amo da forma que consigo, desamado
Morro do jeito que deixam, desarmado
E sobrevivo, morto, assim desanimado.



Segredos



Existem segredos que nem a mim mesmo eu conto
Porque sempre aquele que conta aumenta um ponto.
Guardo segredos a mim porque não estou pronto
A saber de sentimentos que nem a mim eu aponto.

Eu não tenho comida nem tenho respostas
Apenas tenho fome e tenho as perguntas
Não tenho nada a pesar nas minhas costas
Tenho apenas sede e nada do que juntas.

Não sou o que tenho, mas tenho o que sou
Apenas eu e nada, nada mais do que restou
Um par de sonhos e um outro de meias furadas
Tenho apenas tristeza e não quero suas risadas.