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17/05/2013

"Essa Coisa Obscura, Que Chamamos de Vida" - Em Memória de Paulo de Tharso


"Essa Coisa Obscura, Que Chamamos de Vida" (*)
Em Memória de Paulo de Tharso
Barata Cichetto

(*) Trecho do poema "Oração", último publicado por Paulo de Tharso em seu blogue, em 14/05/2012, precisamente um ano antes de sua morte 

Sinto-a chegar perto e interesseira feito puta ao dinheiro
Lábios doces, carícias e uma rápida trepada no banheiro
E ela chega perto demais de quem a tem em tanto temor
Perto o suficiente de quem a odeia tanto feito um tumor.

Sinto-a chegar, e ela carregou muitos de meus amigos
Perto o bastante para carregar aos novos e os antigos
Carregando nas mãos um par não de foices ou adagas
Mas um par de gestos torpes e outro de doces chagas.

Sinto-a chegar, tão perto que estremece a toda aldeia
E sem parar, com os pés enormes caminha e incendeia
Sem deixar de queimar nenhum dos seres ainda viventes
E à sua sanha não existem feridos, não há sobreviventes.

Sinto-a chegar a todos sem distinção de cor ou de raça
A todos chega, de padres da igreja a mendigos da praça
E tão mais perto, mais o desespero toma conta de mim
Com a tristeza de saber que a sua chegada é o meu fim.

16/05/2013

15/05/2013

Outro Poeta Deixou o Jogo

Outro Poeta Deixou o Jogo
(Ao Poeta Paulo de Tharso, Falecido a Poucas Horas)
Barata Cichetto
"Há muito que eu brinco com a morte não digo que sou exatamente amigos mais nos conhecemos o bastante para tirar a sorte. A dor é só uma espécie de azar. A muito tempo que eu brinco com a morte pra ver quem é mais forte ela e eu jogamos assim. Todo santo dia eu viro uma garrafa de gin. Uma dose pra ela e outra pra mim." - Paulo de Tharso
Então ficamos por aí. Eu, Paulo, e ela, a Morte
Jogando baralho, bebendo Gin e tirando a sorte
A morte, eu e Paulo nem éramos tão amigos assim
Mas jogávamos juntos e bebíamos do mesmo Gin
E como "a dor é uma espécie de azar", azar foi meu
Porque agora, amigo, jogamos apenas a Morte e Eu.

15/04/2013