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14/05/2019

Inspirados (Poemas Para Cheirar)

Inspirados (Poemas Para Cheirar)
Inspirados no Titulo do Livro de Dimitri Brandi, "Baseados - Poemas Para Acender"
Barata Cichetto

Há tanta poesia pairando no ar,
Que sequer a podemos respirar.

E tanta poesia a nos inspirar,
Que mal as podemos respirar.

E tanta que possamos cheirar,
Que mal pagamos por esperar.

E há tanta poesia a nos mirar,
Que nem podemos as acertar.

15/05/2019

15/12/2018

"Olhos Vermelhos", ou " I Only Smile Behind The Mirror"

"Olhos Vermelhos", ou " I Only Smile Behind The Mirror"



Rock com violão nunca deu uma boa química! Certo? Isso foi o que sempre acreditei, sempre defendi e sempre... Ah, certo, sempre foi assim. Todas as bandas que tentaram colocar esse instrumento dentro de uma formação de Rock, tiveram resultados entre desastroso e dispensável. A sonoridade do violão, mesmo que eletrificado sempre ficava encoberta, tímida. Pois é. Sempre foi assim. Até final de 2018. Precisamente até o dia 13 de Dezembro, quando foi lançado o disco "Olhos Vermelhos" da banda de Death/Thrash Metal "Psychotic Eyes". Mas, dirão aqueles que adoram rótulos e bandeiras: "Não é Rock, é Metal, porra!" E eu direi: "Quem gosta de rótulo é vidro de maionese". 

A história de "Olhos Vermelhos" começou, ao menos para mim, há cerca de sete anos. Em 2011 eu tinha uma webradio, a "KFK Webradio", e um programa semanal onde, entre músicas e poesias declamadas, fazia entrevistas com integrantes de bandas. Tinha feito várias, inclusive algumas que tinham sido indicadas por Eliton Tomasi, ex-editor da revista "Valhalla" e que passara a prestar serviços de Press Release e Gerenciamento de Carreira a bandas. Eliton me sugeriu que fizesse com a banda Psychotic Eyes, uma banda de Metal Extremo... "Hummm, pensei, eu nem gosto dessa barulheira, esses caras gritam demais, parecem cachorros roucos latindo. E esse som, com uma bateria que parece maquina de costura... Sei não..." Mas, decidi dar uma chance. Marquei com o vocalista e guitarrista Dimitri Brandi e no dia e hora marcadas começamos a conversar e a gravar, ainda por Skype... Um tanto arredio no começo, mas cerca de dez minutos de conversa depois, percebendo o alto nível intelectual do meu interlocutor me rendi. O golpe de misericórdia no meu preconceito com o estilo veio quando ele me disse que a letra de "The Humachine", faixa do então recém lançado disco "I Only Behind The Mask", tinha sido inspirada num livro que eu já tinha lido e cujo autor era muito familiar. O livro era "O Diabólico Cérebro Eletrônico", do escritor americano David Gerrold, que entre outras coisas, fora um dos roteiristas da série "Jornada nas Estrelas". A entrevista era para ser de uma hora, dentro de um programa com duração de duas, mas acabou ficando com quase três, e foi ao ar integralmente. E no final, aquela sensação de que éramos amigos de infância. 

Um detalhe, no entanto, foi marcante naquela entrevista, e reputo como essencial nesse histórico que nos carrega até "Olhos Vermelhos": eu sempre torci o nariz (seria outro e meus preconceitos?) a bandas brasileiras cantando em inglês, e sempre que entrevistava alguma soltava a pergunta: "Por que compor e cantar em inglês, não em nosso querido português?" As respostas eram sempre evasivas e sempre me cheiravam como desculpa. E Dimitri me soltou um sonoro "Não sei! Sempre fiz assim". Honestidade é sempre algo bom, né?! Tempos depois, o compositor da Psychotic Eyes me confessaria que ficara matutando sobre meu questionamento durante muito tempo, e que aquela semente estaria germinando.

Bem, a partir dessa entrevista, a relação entre este escriba, metido a agitador, que tinha também criado uma "Editora" artesanal, por onde lançava seus livros, e o vocalista e guitarrista da Psychotic Eyes, que seguia seu caminho de banda de Death Metal se intensificou. Dimitri se encantou com um poema em um dos livros que eu tinha lançado, e que tinha o título de "Guernica", e me pediu para musicar e incluir no repertório da banda, o que, claro, me deixou muito orgulhoso, mas a ideia acabou não se concretizando, pois, tempos depois a banda perdia um de seus integrantes, o baterista Alexandre Tamarossi, o que ocasionaria uma parada.

Em meados de 2013, eu tinha escrito um poema falando sobre psicoses e na hora de colocar o título me veio "Olhos Psicóticos". Claro que daí a traduzir isso para o inglês, associando ao nome da banda foi um passo natural. Naquele ano eu lancei meu livro "O Poeta e Seus Espelhos", que tinha a contracapa da artista gaúcha Nua Estrela, que futuramente seria a autora da arte de capa de "olhos Vermelhos", e onde constava o tal poema. O lançamento teve a presença de Dimitri Brandi, que quando o leu o tal poema se apaixonou e disse que gostaria de musicar. "É claro!" 

Barata Com Psychotic Eyes, Lendo o poema "Olhos Vermelhos", 27/9/2014
Foto Leandro Almeida
Cerca de um ano depois, em 2014, quando, após mais de dez anos sem organizar festivais de Rock, e agora à frente de uma revista, a "Gatos & Alfaces" que lançava uma coletânea em CD, decidi criar um evento que, como sempre fora o mote, reuniria Rock com Poesia. "Rock In Poetry". O primeiro contato que fiz para escolher as bandas participantes foi, claro, com Dimitri. Numa conversa pelo Messenger, ele agradeceu, mas disse que a banda estava sem baterista e tal. E o que se seguiu foi justamente o embrião de um "ser" que demorou, entre a gestação e trabalho de parto durou quatro anos para vir ao mundo: "Olhos Vermelhos". 

De uma brincadeira de "Então faz um show de Death Metal acústico...", acompanhado dos indefectíveis "kkkks", a uma apresentação no tal festival, onde a apresentação foi "limitada" a uma leitura feita por mim do poema, acompanhado por Dimitri e Douglas, originalmente baixista da banda, nos violões, passando por uma série de dificuldades em se fazer "caber" na estrutura do "Death Metal" um par de violões acompanhando o estilo vocal gutural inerente ao gênero, para ficar só nos problemas mais "simples", chega-se ao momento em que um novo estilo musical foi criado.

Quando da apresentação da Psychotic Eyes no "Rock In Poetry", já inúmeros sites da Europa noticiaram e saudaram, reconhecendo que, sim, ali havia algo de pioneiro no mundo. Ninguém tinha feio nada igual. E, com efeito, as quatro faixas de "Olhos Vermelhos", não tenho a menor dúvida, entrarão para a história do Rock (Certo, senhor chato: entrarão para a história do Metal), como o marco inicial de um novo estilo musical. Da mesma forma que "Rock Around The Clock", "Johnny B. Good" e "Born To Wild" - esta referenciada como precursora do "Metal". Claro que todas essas citações são conjecturais e sem consenso, mas servem neste texto apenas como referencias didáticas e de contexto. Eu só não consigo pensar que rótulo colocar nesse estilo novo de música que a Psychotic Eyes está lançando, inaugurando, criando: deixo isso à turma do vidro de maionese, e aos críticos de música, que os adoram.

A audição de "Olhos Vermelhos" é algo que vai do deliciosamente surpreendente, ao surpreendentemente delicioso. Não tem como ser diferente. Demonstrando toda a destreza e deixando claro suas influencias, Dimitri e Douglas, os dois instrumentistas, esbanjam técnica precisa e emoção. A conversa do violão com vocal gutural, coisa que com certeza não agradará aos mais xiitas fãs do gênero soa de forma tão clara que parece que foram feitos um para o outro. Claro que aos ouvidos não acostumados, tanto do lado dos "metaleros", quanto dos puristas da musica popular brasileira, essa conversa vai parecer herética. E até os menos radicais, em primeira mão devem estranhar, e não creio que realmente seja tão fácil compreender uma mistura que parece tão "alienígena". 

Mas é aí que está a "graça", ou seja, é aí que se encontra toda a genialidade desse trabalho, que, se feita justiça histórica, será reconhecido pelas próximas gerações como o agente deflagrador, talvez de um novo "movimento" cultural musical. Não estou bem certo se sequer a própria banda tem a noção exata do que está criando, embora, pelo nível intelectual que reconheço no vocalista Dimitri creio que sim. Podem até não estarem, proposital e intencionalmente criando algo com intuito de ser um, digamos, divisor de águas, e, pelo atual contexto do Rock (tá certo, do Metal) no mundo, pode ser que nada disso aconteça, mas se não acontecer será não por termos em "Olhos Vermelhos" algo menos que genial, será por fatores de importância menor, mas que por vezes interferem no curso natural que as coisas pioneiras, perfeitas, mas fora do padrão, deveriam seguir, que é o de ter um lugar na história. 

Falando um pouco sobre as quatro faixas de "Olhos Vermelhos".
1 - "Olhos Vermelhos": Logo nos primeiros acordes, a dupla de violonistas deixa bem claras suas influências musicais. A introdução, bem ao estilo "Chico Buarque", de quem Dimitri se confessa altamente influenciado, já nos primeiros momentos chega até a lembrar a introdução de "Geni e o Zepelim", mas logo se percebe outras belas influências, como Paco de Luccia, genial guitarrista espanhol de flamenco falecido em 2014. Entre os "diálogos" entre o tom suave do violão e o vocal "rude" alternando-se com momentos em que se tem a impressão que as cordas irão estourar pela "violência" com que são tocadas em contraponto ao tom mais "sutil" da voz, há trechos em que a letra é apenas declamada. No final, algo que, no primeiro momento que escutei a musica meses antes, me causou uma surpresa extremante emocionante e agradável: o poema "original" terminava com "... olhos psicóticos que a mim renegam." Dimitri, acrescentou uma estrofe que tornou o texto algo muito mais emocionante, dramático, ao cantar:"... Olhos psicóticos... não mais enxergam".
2 - "Dying Grief", tanto quanto as três músicas seguintes já tinham sido gravadas pela banda em discos anteriores. Dying Grief originalmente saiu no "I Only Smile Behind The Mask", e a letra fala sobre a dor da separação pela morte de um ente amado, e a dureza aparente do vocal parece mais um grito de dor, de lamento pela perda. Até que num determinado momento, o violão toma a si a interlocução, como se fosse uma palavra de conforto de um amigo. A voz retoma, dura e desesperada, e a musica até o final, prossegue nesse tom, encerrando com a pergunta que todos os seres humanos fazem em momentos assim: "Why is it so deep? / How long this pain will last? / This dying grief / how long will hurt me?" (Por que isso é tão profundo? / Quanto tempo essa dor vai durar? / Essa dor agonizante / quanto tempo vai me machucar?") 
3 - "Hand Of Fate" fazia parte do primeiro disco, autointitulado da banda lançado em 2002, onde tinha uma introdução bem suave, que poderia prenunciar uma balada. Mas apenas a introdução, já que depois a musica seguia os passos do estilo, com velocidade e força. Em "Olhos Vermelhos" é a faixa com a levada mais "lenta" das quatro, e também sua letra fale sobre perdas. Se em "Dying Grief", era uma perda "física", ou seja, de um ser amado, no caso um pai, em "Hand Of Fate" essas perdas se multiplicam, e vão da perda da fé religiosa a da capacidade de sonhar e da esperança, e por fim a mais cruel de todas, que é a perda total da fé na humanidade. Os versos finais: "Just feel the signs / Don't run / If you're scared." (Apenas sinta os sinais, não corra se estiver com medo). Seria isso "a mão do destino"?
4 - "Life" , outra faixa presente em "I Only Smile Behind The Mask" de 2011, a que fecha "Olhos Vermelhos" começa com uma pegada bem lenta, mas vai tomando rumos rítmicos bem diferentes, por horas lembrando flamenco, em outras "Django" Reinhardt, violonista belga de ascendência cigana  que viveu na primeira metade do século XX. Quanto à letra, é outra que também fala em perda, e desta feita, mais especificamente perdas amorosas, e tem um trecho poético simplesmente emocionante: "forgive the memories of our little death" ("perdoe as memórias da nossa pequena morte").

(Neste ponto, fui obrigado a parar, após analisar o conteúdo das letras de "Olhos Vermelhos". Meu primeiro pensamento, foi a conclusão de que três das quatro versavam sobre um único tema "perda", sob suas mais diversas formas, e fiquei imaginando se isso foi algo proposital na escolha das musicas que comporiam as faixas. É certo que no gênero em que a banda é classificada, o Death Metal, as letras possuem temas relacionados com a morte, que afinal seria a perda maior de um ser humano, mas não creio que, até pelo fato de que a Psyhotic Eyes não prima pela rigidez qualificativa, seja esse o motivo. Depois de tentar, e desistir de entender isso, pensei que a exceção a esse mote seria exatamente meu poema, a base da letra da faixa título, estaria fora disso, já que ali eu falo sobre... Falo sobre outra coisa... Ah é?! Não... Até esse exato momento, nunca pensei sobre meu poema como se estivesse falando de perda, mas afinal percebo que de todas as formas de perda que são cantadas nesse disco, falava eu sem sequer perceber, sobre a pior de todas as perdas que se pode, de fato suportar, que é a perda de si próprio, ao se renegar e não enxergando a própria face no espelho.)

Por fim, estamos num tempo de extremismos, de intolerância e falta de perspectivas até mesmo sobre nossa própria continuidade como espécie. Um tempo em que parece que nada mais, importa ou interessa à humanidade, incluindo aí as artes. E em tempos como esses, em que tudo se esvai com rapidez, em que tudo acaba tão rápido como começou, em que parece que nada pode impedir o fim, artistas com capacidade e coragem de criar algo que possa ser considerado novo, sem com isso renegar ou sonegar todas as experiências vividas por si ou por outros, podem ser de importância fundamental, como é o caso do que foi criado por Dimitri Brandi e Douglas Gatuso em "Olhos Vermelhos". Pode ser pouco para muitos, mas é muito para poucos. Aos menos aos poucos que ainda não perderam a capacidade humana, demasiadamente humana, em transformar o caos em uma estrela radiante, quebrando o espelho e olhando para dentro de si próprios, pois é ali, e em nenhum outro lugar, onde brilha essa estrela.
Barata Com Psychotic Eyes, Lendo o poema "Olhos Vermelhos", 27/9/2014
Foto Rhadas Camponato

Encerrando essa despretensiosa resenha sobre "Olhos Vermelhos", que não foi escrita por um crítico especializado, por nenhum jornalista formado, e por nenhum fã exaltado do mais puro Metal, mas por um escritor, que tem no Rock (no Metal também, viu, carimbador maluco!) e na Poesia, as maiores paixões da vida, e que sente um orgulho monstro em fazer parte, através da letra de uma das canções, desse lançamento histórico - e quando uso essa palavra é no contexto correto, uma informação técnica e uma curiosidade: o disco está disponível apenas para download, não existindo forma física, e pode ser, a exemplo de seu antecessor, pelo "Bandcamp" por qualquer valor que o ouvinte queira pagar, desde zero. E como curiosidade, o fato de que tinha outro poema de minha autoria que seria incluído no disco "Memento Mori", que foi inclusive anunciado anteriormente, mas como, segundo Dimitri as gravações não ficaram de acordo com o padrão desejado, acabou ficando para oportunidades futuras.

Barata Cichetto, Araraquara, 15/12/2018, dois dias após o lançamento oficial de "Olhos Vermelhos".

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- Links - 
Nota da Som do Darma Sobre "Olhos Vermelhos": https://www.facebook.com/notes/psychotic-eyes/olhos-vermelhos-o-primeiro-disco-ac%C3%BAstico-de-death-metal-da-hist%C3%B3ria-%C3%A9-lan%C3%A7ado-n/2180531408626414/
Baixar o CD: https://psychoticeyes.bandcamp.com/
Lyric Video de "Olhos Vermelhos"
Matérias Sobre Psychotic Eyes no Blog Rock In Poetry: https://baratacichetto.blogspot.com/search?q=Psychotic+Eyes
Video da Entrevista da Psychotic Eyes, para o programa Partitura, da TV Local de Sorocaba, com minha participação: https://www.youtube.com/watch?v=25RoRzq8Rw4


- - Faixas -
1 - "Olhos Vermelhos"
2 - "Dying Grief"
3 - " Hand Of Fate"
4 -  "Life"

- Músicos -
Dimitri Brandi - Violão e Voz
Douglas Gatuso - Violão e Voz

- Informações Técnicas -
Gravado, mixado e masterizado no estúdio HBC Records em Guarulhos/SP por Humberto Belozupko.
Capa: Nua Estrela

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- Letras - 

Psychotic Eyes
(Olhos Vermelhos)
(Barata Cichetto / Psychotic Eyes)

Olhos, olhos... Procuro pelos meus olhos no espelho
E os encontro sem brilho, encharcados de vermelho
Aos meus olhos encontro, mas nunca em meu rosto
E parece que até o olhar têm medo do meu desgosto.

Olhos, olhos... E dentro de meu olhar busco a mim
Mas apenas a ausência encontro a buscar tal fim
E até meus olhos, que fogem do meu olhar insano
Sabem que dentro de mim existe algo desumano.

Ah, meus olhos! Onde anda seu antigo resplendor
Exibindo o brilho das flores em todo seu esplendor?
Agora os enxergo opacos, solitários e embaçados
O olhar dos loucos, dos poetas e dos desgraçados.

Ah, olhos meus...  Tremo perante os olhares do terror
Mas ao olhar em meus olhos encontro apenas horror
E entendo que são somente eles que me enxergam
Apenas meus olhos psicóticos que a mim renegam.

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Dying Grief
(Psychotic Eyes)

By my side
Your demise
Speak to me
(is it a fantasy?)
before we come apart

Hear my voice
I'm by your side
Speak to me
before the dying grief
comes to break my heart

I wondered what would happen
and thought I could foresee
But nothing could prepare me
to face this pain and its reality

I remember every moment
we shared in the past
the words I hadn't said
Did I fail to try my best?

I remember how
we shared our life
Speak to me
(it's not a fantasy!)
just one more time.

Hear my weep
the tears I cry
Cry with me
Share this dying grief
the end of your life

Why is it so deep?
How long this pain will last?
This dying grief
how long will hurt me?

Oh
it hurts so much

Dear father I have more words to say
But it's time to let you pass away
Oh my brother, we'll share this day
But now I have no words to say
Dear mother I'll let you sleep
Tomorrow we could share the pain
Oh myself, would I heal someday?

I remember how
we shared our life
Speak to me
just one more time.

Hear my weep
the tears I cry
Cry with me
before the end of life

Why is it so deep?
How long this pain will last?
This dying grief
how long will hurt me?

---

The Hand Of Fate
(Psychotic Eyes)

I'm living in demise
Forever and ever
In all my memories
We're back together
I'm priest no more
Listen what i said
I don't need any sign
I lost my faith

There is no god

Staying at my house
Surrounded by death
Waiting the world
To be attacked
In visions
I saw nightmares
Come true
Beneath all mankind
What can i do?

No hope
No war

Just trying
To live together
Until
The signs come true
No war
Against your faith
Your signs
Never betrayed

Waiting in my house
To be attacked
Staying in a world
Covered by death
A vision i see
Nighmare came true
Memories of signs
What should i do?

Don't drink the water
Don't breath the air
Just feel the signs
Don't run
If you're scared.

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Life
(Psychotic Eyes)

I felt asleep, remembering a taste in mouth
my neck felt a thrill, impulsed by memories of your breath
The window is closed, the wind is carrying a leaf
but only in my dreams my life can yet be yours

My life without you
This life cannot be true

Writing a letter witch words could be sing
listening a calling, a distant voice, strangely yours
mistreating my feelings retracing a picture that looks like you
turning my back, facing a face that can be yours

My life without you
This life cannot be true

Remembering a life that only made sense when we were one
recovering a life that only make sad by not having anymore
retracing the walk that only fake memories have placed before
a word I think no more, a word swallowed to never be yours


the word "love"
had ever been ours
the word "love"

My life without you
This life cannot be true

Used brushes and many canvas painting your face
a pen seizing a line, choosing rhymes that could be sing
the feelings are dead, did they have been yours?
looking for a melody playing the same chords

since our love has gone
tears ceased to wet the floor
since you are gone

I felt asleep, remembering a kiss, a taste in mouth
The window is closed, the wind never cease to speak
my neck felt a thrill, forgive the memories of our little death
but only in my dreams our life remained one 'till now.

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09/03/2018

Diálogo Real Entre Dois Pensadores Com Ideologias Políticas Diferentes, Sobre Individualismo Ao Som de "2112"

Dimitri Brandi de Abreu : - Salve, meu caro!! Hoje foi aquela aula sobre liberdade, em que citei a Ayn Rand. Cara, que desanimador. Defender a liberdade hoje está muito difícil. Salvo duas ou três alunas, a maioria acha que o Estado pode tudo. E isso à direita e à esquerda, não é da ideologia, é autoritarismo encarnado mesmo.
Luiz Carlos Cichetto - É, meu amigo... Isso é fartamente perceptível em qualquer conversa, em qualquer lugar. Percebo claramente que o problema, ao contrário do que a maioria deduz, não seja efetivamente a ideologia. Ela é apenas uma desculpa, aliás, muito esfarrapada, já que é estudada e compreendida por poucos. Percebo isso desde as pessoas mais "simples", às mais "cultas". A ideologia é sempre o bode expiatório. O que impera é o autoritarismo, que é expresso das mais variadas formas, até mesmo num pequeno e simples comentário de uma rede social, que aliás, se nutre disso em proveito próprio. É desanimador perceber isso. Para mim, é mais que isso. É letal. Sinto de fato como se efetivamente estivesse totalmente fora desse mundo, o que acabou me gerar uma apatia letal.

Dimitri - Letal mesmo. as pessoas não percebem onde isso leva. e não é falta de cultura, veja, estou dando aula em uma universidade, é de se esperar que os alunos saibam o que foi o nazismo, o stalinismo, a ditadura brasileira, a inquisição... o autoritarismo não é só político, está na nossa vida cotidiana, com o discurso moralista, as ofensas, as restrições à liberdade de expressão, à liberdade artística... Quando falei da Ayn Rand mencionei o disco do Rush. Ninguém tinha ouvido falar... Veja que a falta de cultura e a ignorância abrange o campo cultural também
Luiz Carlos - Triste isso... Olha, há um tempo eu participei de um debate numa rádio comunitária e afirmei, para desespero de um jornalista politicamente correto, que vivíamos num tempo em que tudo se pode e ao mesmo tempo nada se pode... Isso remete àquele nosso papo de "se tudo é preconceito, nada é preconceito" e outras nuances. A falta de interesse , penso, vem de encontro a isso. E faz com que se tenha uma atitude autoritária sem o conhecimento. E ademais, no meio dessa confusão toda, a liberdade de expressão também perde seu valor, pois é tratada com uma mera expressão desse autoritarismo. Então, tudo vira despotismo. Tudo vira ditadura. E só pra amarrar mais aquelas nossas conclusões, uma pergunta: se tudo é ditadura, nada é ditadura?

Dimitri - Hahaha boa pergunta. O que me chocou hoje é que percebi que não só a liberdade de expressão está ameaçada, mas todas as liberdades. contei a história do 2112 e ninguém pareceu chocado com um mundo em que não existe "eu". se esse tipo de fantasia distópica soa aceitável, imagine no que podemos evoluir, onde isso vai parar...
Eu estava errado, achava que essa geração era individualista. Não são. Não dão qualquer valor ao indivíduo. Não sei os definir.
Luiz Carlos - Eu sempre achei que não eram individualistas, são de fato egoístas. O que é bem diferente, ao contrário do que maioria conjectura e acredita. Sempre bati nessa tecla, que são absolutamente distintas. Já tive discussões enormes com pessoas ditas esclarecidas sobre isso. É um erro, praticado principalmente pelo pessoal da "esquerda" , nem sempre inocente, em confundir e induzir ao erro, colocando o individualismo como egoísmo, em contraponto ao socialismo e comunismo. Um exemplo: na gestão do Haddad havia, na implantação da bandeira de governo dele, as ciclovias, um cartaz em todos os ónibus com a seguinte frase: "individual ou coletivo, o que é melhor para São Paulo?" A burrice e a confusão, além da indução ao erro já começa pelo fato de que a bike é um transporte individual... E tudo quase seguiu a isso - e presenciei absurdos, foram demonstrações de que o que imperou ali foram interesses egoístas, nãoindividualistas. e muito menos socialistas.
Luiz Carlos - E muita gente afirma que o pensamento da Rand era sobre egoísmo, mais um erro grotesco: é sobre o individuo. Essa conversa vai longe.... rs

Dimitri -  Eu concordo contigo quanto à diferença entre individualismo e egoísmo. apesar de ser socialista, não sou um coletivista, no sentido de acreditar que o coletivo é melhor que o individual. pelo contrário, acho que o capitalismo oprime o indivíduo pq obriga a todos a adotarem padrões de consumo e de trabalho. no meu pensamento, a realização plena do indivíduo vem com a libertação, e uma das formas de libertação é a liberdade econômica. Não é a única. a libertação sexual, por exemplo, é tão ou mais importante. E muita gente confunde a Ayn Rand com egoísmo. acho que é um problema de tradução. "self" em inglês tem um sentido de "ego", mas sem o lado pejorativo que atribuímos a esse termo. Ego no sentido de "eu", como na psicanálise. E, realmente, essa conversa vai longe. o que me preocupa e entristece é que muitos optam pela ignorância, ao não se aprofundarem nesses temas.
Luiz Carlos - Sim, acredito que a confusão venha daí, mas não descarto que haja má intenção nisso. Quanto li a tradução de "Anthem", o texto do tradutor me chamou a atenção, por ele explicar a preocupação de usar "Cântico", e não "Hino", como seria a tradução, segundo ele mais próxima. Será que há essa preocupação em outros? E ademais, a interpretação, a meu ver, de "egoísta" à filosofia de Rand é, como de resto, proposital, no sentido de desmerecer.

Dimitri -  Concordo! não só com a diferenciação, mas concordo também que há má-fé nisso.
Luiz Carlos - Quanto ao que fala sobre liberdade, concordo contigo totalmente. E essa preocupação é também a minha, embora eu já tenha simplesmente desistido de me entristecer como o futuro da humanidade. Infelizmente, tornei-me um cínico. E isso nos vários sentidos da palavra, inclusive o da corrente filosófica.

Dimitri -  Talvez haja um movimento pendular, e a liberdade volte a ser valorizada, como foi na década de 1960 (eu acho) e no período das revoluções liberais contra o antigo regime. Só defende ditadura quem nunca viveu em uma. com esse crescendo de autoritarismo, muitos vão perceber que a troca não vale à pena.
Luiz Carlos - Olha, meu amigo, eu sincera e honestamente não creio nisso. As facilidades oferecidas por esse sistema vigente são altamente vantajosas para alguns. A não ser que haja algum tipo de cataclismo, holocausto, coisa assim...rs. 

Dimitri - São vantajosas para alguns, mas não para todos, nem para a maioria. a massa idiotizada só não percebe porque, como toda massa, age "liderada" por aproveitadores que dominam a retórica vazia da manipulação. Esse modelo se esgota com o tempo, essa prática não tem como durar
Luiz Carlos - Sim, mas essa massa tem a ilusão criada, e gosta disso. Gosta de ter tecnologia, e de gosta dos prazeres e facilidades. E espero que você tenha razão, em acreditar no esgotamento desse modelo. É possível, sim. Até pela física - a fadiga de qualquer material... Mas não creio que nenhum de nós dois verá isso. Eu não verei com certeza. Tudo isso me empurra para um desejo eminente de morte, se não física, mas como indivíduo...

Dimitri -  Não desanime! sei que seu filósofo favorito é o Cioran, mas ele tinha 20 anos quando escreveu.
Luiz Carlos - É um sentimento forte demais. Quando escrevi sobre suicídio no Face há um tempo, e até você comentou sobre, era - e é - uma coisa forte demais, muito além de simples filosofia. E coisas como essas que falamos aqui hoje, esse desencanto que você sentiu... Imagine tudo isso amontoado em 60 anos de vida de um sujeito que era criança e cresceu e se tornou adulto dentro do regime militar, que sempre foi sensível e critico, que virou sua geração se perder e aquele que ele ajudou a construir completamente corrompida.

Dimitri -  Imagino o seu desânimo, compartilho (parcialmente) dele e posso entender o que você sente. Mas temos um defeito: somos artistas. Dá para deixar o registro, a indignação, sem nos preocuparmos se ela reverbera ou não. Sem nos preocuparmos se seremos louvados ou odiados. A mensagem tem que ser passada, e nisso você é importante.
Luiz Carlos - É... Essa é exatamente a diferença entre individualismo e egoísmo... rs

Para comprar o livro de Ayn Rand: "Cântico": https://www.saraiva.com.br/cantico-9055600.html
Texto Original em Inglês: http://www.gutenberg.org/ebooks/1250?msg=welcome_stranger

08/03/2018


24/12/2016

"...E Assim Se Fez Simples" de Ismenia Brandi (Ou Parece Que Foi Ontem Quando Éramos Simples Seres Humanos Simples)

"...E Assim Se Fez Simples" de Ismenia Brandi (Ou Parece Que Foi Ontem Quando Éramos Simples Seres Humanos Simples)
Barata Cichetto
Direitos Autorais Reservados




Dia de Natal, data que não foi escolhido, mas que calhou, de eu ler o pequeno volume presenteado pelo amigo Dimitri Brandi, escrito por sua tia Ismenia Brandi.

"...E Assim Se Fez Simples" é, segundo a definição impressa na própria capa que ostenta um desenho da autora datado de 1984, um livro de crônicas. Um pequenino volume de 42 páginas, sem data de lançamento informada, mas que provavelmente foi feito nos anos mil novecentos e oitenta. As marcas de ferrugem nos grampos de metal e o titulo do livro com letras escritas a mão apenas em preto, dão um ar ainda mais "vintage" ao volume.

Dia de Natal, por coincidência (?) E logo o primeiro texto do primeiro capítulo intitulado "Crônicas de Natal" já desperta uma emoção que nenhum filme natalino, nenhuma estória familiar são capazes de despertar num ateu convicto como eu.

"A Chegada" é uma "crônica poética", uma "proesia", para usar um termo mais "moderno". "O ar estava faiscante de poesia concreta. Nada era luz ali", escreve a autora que nos conduz com suas palavras a uma sensação de tristeza pela perda da simplicidade. Um lamento, mas cheio da esperança - falsa a muitos - que permeia o Natal. "E muito antes de a poesia ser um jeito ilógico de ver a vida, ela já era o que mostrava sua beleza." Ismenia acreditava poesia, na esperança do Natal e na beleza do silêncio.

Na segunda crônica, datada de 1962, a autora torna a falar em silêncio, mas desta feita de forma mais bem humorada, sem deixar as visões poéticas de lado, como nas duas seguintes, escritas ainda na década de sessenta do século passado, seguidas por outras crônicas e poemas escritos na de setenta.

"O Sentido da Vida", escrito em 1975 é de uma beleza impar, e conclui: "É neste momento que temos de ter a coragem de parar e sentir nosso vasio. De onde poderá surgir todas as respostas."

A crônica seguinte, que dá título ao livro "...E Assim Se Fez Simples", relata um encontro com um senhor que participou da Guerra, e que fez das flores de seu quintal a forma de manter-se feliz num mundo cheio de guerras declaradas ou veladas. Aliás, as formas de se manter dentro de um estado de felicidade momentânea, a única possível, lidando com as coisas mais simples, se repetem em outras crônicas e poemas de Ismênia. E até mesmo na poesia concreta que aparece no livro, estilo muito em voga entre os poetas da década.

Simplicidade é que norteia a escrita do livrinho, fruto de uma época em que ainda se acreditava nela. A busca por esse modo simples de ver a vida, herança de uma guerra que ceifou vidas e deixou traumas nos sobreviventes.

Ao terminar de ler "...E Assim Se Fez Simples" de Ismenia Brandi, o que nos abate é uma melancolia profunda. Não é saudosismo, mas saudade. Da gente mesmo. E uma sensação de que algo deu errado, que cometemos erros fatais nos anos seguintes, para que tenhamos chegado à segunda década do terceiro milênio com tanta amargura, tanto desamor e tanta intolerância. Onde erramos?

Talvez um dos nossos maiores erros foi o de não termos acreditado em nossas esperanças e em contrapartida nos prostrarmos aos sonhos alheios, nem tão puros, nem tão simples. Nos perdemos. Nos isolamos. E agora, que tudo é tão complicado e triste, perguntamos a nós mesmos e uns aos outros: quem somos?

Seria possível ainda um mundo com a simplicidade que Ismênia Brandi tratou a vida em suas crônicas e poesias, há quarenta, cinquenta anos? Sim, é possível! Depende de nós.

Parece que foi ontem, quando éramos simples seres humanos simples. E "crahshshsh /  É melhor que nada"... Um dos mais simples e instigantes e sinceros poemas que li. Digno de uma musica simples, de acordes minimalistas e poucos segundos de duração.

Resenha crônica escrita ao som de uma versão acústica do "álbum branco" dos Beatles.

Luiz Carlos Giraçol Cichetto
24/12/2016


14/12/2016

Apresentação a "THUNDERSTRUCK - Enterrem meu coração no túmulo de Bon Scott - Dimitri Brandi"

Apresentação a "THUNDERSTRUCK -  Enterrem meu coração no túmulo de Bon Scott - Dimitri Brandi"


Ultimamente, particularmente no Brasil, saíram inúmeros livros definidos como "Romance Rock", o mais recente é o do amigo Dr. Walter Possibom, intitulado "Um Brilho nas Sombras". Mas não tenho conhecimento de nenhum "Romance Metal". Ao menos não tinha até receber os originais de um texto escrito por Dimitri Brandi, advogado e vocalista/guitarrista da banda de Death Metal Psychotic Eyes, com a proposta de edição pela "Editor'A Barata Artesanal".

A começar pelo titulo, homônimo de uma música da banda que pode ser considerada uma das precursoras do gênero,o AC/DC, o livro é ponteado por trechos, citações e referências. Nele, todos ou quase todos os personagens apreciam o estilo, que efetivamente é mais que trilha sonora, ponto de convergência da história.

Como estilo que abrange todas as mentalidades, desde as mais "retrogradas" até as mais "progressistas", além de aninhar todas as tendências tanto na questão política, quanto na sexual, o Metal representa exatamente tudo aquilo que seus seguidores concebem: a falta de uma linha de conduta, um manual de instruções. O Metal é livre disso, ao menos para os que o compreendem. As classificações e subclassificações, como o próprio termo, ficam para serem usadas apenas com intuito didático.

E é assim nesse que denominei de "O Primeiro Romance Metal do Brasil", onde todos os personagens, além da citada ligação com o gênero, representam pessoas relativamente jovens, que vivem num mundo assolado por guerras e polarizado por ideologias e teologias. Um mundo onde é preciso se fazer ser visto e entendido de uma forma, as vezes, mais brutal.

Todos os personagens apresentados, aliás de forma dinâmica e sem longos discursos de apresentação, são representantes da atual sociedade. Gays, lésbicas, filhos adotivos de duas mães, transexuais, etc.. Todos lutando contra o preconceito, especialmente no mais cruel campo de batalha que existe: a própria mente. Todos estão vivendo essa era conturbada, tensa e intensa de ainda inicio do Século XXI. Todos vivem seus traumas, suas angustias e, a seu jeito, os enfrentam.

Todos vivem? Bem, nem todos "vivem", pois o personagem principal da história, morre logo ao inicio do livro, mas continua a fazer sua narrativa, numa referência direta a um dos maiores escritores brasileiros, Machado de Assis. Aliás, o livro é repleto de referências a outros autores, sem no entanto soar pedante ou arrogante.

Ademais, quem espera que um texto, escrito por um advogado e músico de Metal, cujo personagem principal é um morto, e entremeado por citações e trechos de músicas do estilo, e cujos demais personagens não são nada ortodoxos, seja uma leitura pesada, de difícil assimilação e com enigmas indecifráveis, está totalmente enganado. O livro é de leitura fácil, embora não linear, onde todos os elementos de um romance estão presentes, mas, como espelho da atual sociedade, dispensam detalhes que nada acrescentam.

Ser um editor alternativo tem suas vantagens, como a de conseguir ler, antes mesmo do prelo, um trabalho tão interessante. E quando as máquinas pararem, e os primeiros acordes impressos desse livro vierem a publico, estou certo que a maioria irá concordar comigo.

Luiz Carlos Giraçol Cichetto, Escritor e Editor Artesanal, Domingo, 18 de Setembro de 2016