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06/01/2016

Alpha III Project - Ataraxia (Featuring Barata Cichetto)



Em Filosofia, Ataraxia significa quietude absoluta da alma. Segundo o epicurismo, o apanágio dos deuses e o ideal do sábio. Já na Psicologia, o termo é referido a uma doença psicológica relacionada a apatia extrema.  E é justamente essa relação, entre ser um elevado estado de espírito ou uma doença psicológica, que norteou a criação dessa obra de Amyr Cantusio Jr., através de seu projeto musical Alpha III.  Portanto, a A Ataraxia seria para alguns a busca de um estado mental, o nirvana, e para outros uma fuga total da realidade.

Convidado por Amyr, o poeta Barata Cichetto criou uma história, um épico, que conta a história de uma sociedade que vive em um planeta chamado Ataraxia.

A provocação, marca registrada dos dois autores, está intrínseca justamente na constatação da sociedade atual, cuja apatia pode ser confundida entre a busca por esse estado mental de "libertação", com a falta total de qualquer interesse. As religiões modernas são o melhor exemplo.

A obra foi composta para ser ouvida independente do poema. Portanto, a liberdade do leitor/ouvinte é total. O texto pode ser lido juntamente com a audição ou independente dela.

A arte de capa é da artista gaúcha Nua Estrela, que também é a criadora da capa de outra obra dos mesmos autores, a Ópera Rock "Madame X - À Sombra de Uma Morta Viva".



LINK PARA DOWNLOAD
(Arquivo compactado contendo capa encarte contendo o poema.)



28/03/2014

Seren Goch: 2332 - Apresentação


Seren Goch: 2332

"O criador exige independência. Ele não serve, nem domina. Ele faz com homens uma troca livre e de escolha voluntária. O parasita procura o poder. Ele quer reunir todos os homens num ato comum a todos e de escravização comum. Ele alega que o homem é somente uma ferramenta para o uso de outros, que deve pensar como eles pensam e agir como eles agem. E viver em abnegada e triste servidão de qualquer necessidade, menos a dele mesmo." - Ayn Rand, em "A Nascente" (The Fountainhead).

Seren Goch significa "Estrela Vermelha", no idioma galês. 2332 é o fictício ano onde toda a Terra foi dominada por "Cientistas" que implantaram o coletivismo como única forma de governo e pensamento. As pessoas se enxergam idênticas, não falam nem escrevem e todo pensamento foi canalizado para o coletivo. Os sentimentos e desejos individuais, como o sexo e a família, foram totalmente eliminados. "Seren Goch: 2332" é uma critica ao totalitarismo e parte da constatação de que o ser humano é, antes de coletivo, um ser individual, com vontades e aspirações puramente pessoais. E é este o caminho da história humana. O progresso, o avanço da humanidade, se baseiam em conquistas pessoais e a competição é o motor do desenvolvimento humano.

A "igualdade" é uma mentira daqueles que controlam de fato a humanidade difundem como forma de controle total e absoluto. O ser humano por essência é um ser único e sendo único é individual, e sua vontade deve prevalecer. Fazer com se que ignore as diferenças, sejam elas de que espécies forem, é mentir descaradamente. O proveito desse erro é sempre deles, pois tal sentimento nivela a todos num patamar rasteiro, além de gerar atritos nas camadas controladas, afastando qualquer forma de resistência, que sempre partiu daqueles que, com seu poder individual, sempre lideraram revoluções e criaram grandes obras de arte, por exemplo.

A solução seria bem simples: em lugar de se enganar as pessoas com ilusões sobre igualdade, que fosse criada e fomentada a idéia do respeito às diferenças. Entretanto é mais fácil e proveitoso que se engane as pessoas com um conceito de igualdade que de fato não existe. Somos então colocados num mesmo patamar, bandidos e honestos, preguiçosos e trabalhadores, assassinos e médicos. Afinal, seguindo essa premissa, somos todos iguais. Só que não. Tratam sobre direitos, mas nunca sobre deveres, tratam sobre prêmios e abominam a punição. Um sistema que gera a preguiça, a maldade e a intolerância. O preguiçoso não trabalha e é sustentado pelo que trabalha, que após algum tempo, desestimulado, também se recusa a trabalhar para não sustentar o que não o faz. Assim, da mesma forma com estudantes, artistas e todos os segmentos da sociedade. E numa bola de neve, caminhamos certamente para a indolência e a letargia, jogando por terra todas as conquistas da humanidade. A questão essencial é o respeito, que é algo, muito antes de coletivo, individual. 

A Internet é uma máquina eficaz nesse nivelamento, pois dá a todos a ilusão de que não existe mais propriedade, nem autores, artistas, ou formadores de opinião. Todos se sentem com um poder que de fato não têm. E esse caminho é muito perigoso. Desde que a humanidade existe há lideres e liderados, comandantes e comandados, escritores e leitores, e assim por diante. Esse é o fluxo, essa é a forma que a humanidade se diferenciou dos babuínos, por exemplo. Os construtores desse ideal socialista moderna sabem disso, mas através da infusão de uma mentira querem fazer acreditar o contrário. Nesse caminho, nosso futuro, talvez bem antes do distante 2332, será o da escuridão e das trevas, onde não haverá mais humanidade, mas um amontoado de seres que se enxergam da mesma cor e forma, comem a mesma comida e consomem tudo que lhes é oferecido, sem pensar. E não haverá mais o que falar, portanto.

Há três referências importantes na criação de "Seren Goch: 2332". A primeira, uma frase dita por um dos personagens de "Animal Farm", escrito por George Orwell em 1945, e que conta sobre uma fictícia revolução socialista liderada por porcos e que pressupunha a igualdade entre todos os "animais". Uma metáfora clara com os destinos de qualquer experiência baseada nesse sistema de governo, até agora no mundo. O resultado, no final da história, é que sobra uma única lei daquelas que definiam a igualdade e o bem de todos: "Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros.". Como de fato.

A segunda referência importante é a música "2112", da banda canadense Rush, lançada em 1976. Nessa obra, a sociedade é dominada por Sacerdotes, que entre outras atitudes arbitrárias eliminaram a musica, mas o protagonista encontra uma guitarra e imagina que aquilo traria mais beleza e conforto à humanidade. Claro que os controladores rejeitam a idéia e o garoto musico se entrega à morte. Embora a musica possa ser executada por um conjunto, ela é um trabalho individual, baseado em experiências pessoais de cada um, que no caso de uma banda, é somada e compartilhada com os demais. As artes com um todo são criações individuais Pessoas criam arte, grupos apenas se aproveitam dela. Não há arte no coletivismo, pois não existe arte coletiva.

"2112" é uma composição musical dos três músicos da banda, mas a letra, criada pelo baterista Neil Peart, foi baseada no livro "Anthem", da escritora russo-americana Ayn Rand e fez com que fossem mal vistos pela maior parte da imprensa, pois a autora defendia suas idéias com base no Individualismo. É esta, naturalmente minha terceira referencia na criação deste texto.

A escolha do musico, compositor e filosofo Amyr Cantusio Jr., foi natural. Poucas pessoas seriam tão qualificadas quanto ele para a tarefa de colocar minhas idéias sob a forma de musica do que ele. Já havíamos feito uma parceria fantástica com a inédita Opera Rock "Vitória, ou a Filha de Adão e Eva", em 2010. E além de sua capacidade intelectual e musical, estão dois fatores importantes: a disposição para o trabalho, que faz com que componha e crie numa velocidade espantosa, e a aversão a todos os sistemas totalitaristas. Amyr é um batalhador, uma das cabeças pensantes mais lúcidas que conheço e criou elementos musicais extraordinários.

Quando passei o titulo e a sua tradução ao "apolítico e agnóstico" Amyr , este perguntou-me se o mesmo era uma alusão ao planeta Marte, chamado de "Estrela Vermelha", cujo nome, segundo a mitologia romana representava o deus da guerra e dos conflitos. Respondi que não era essa a associação que tinha em mente quando escrevi, mas sim ao símbolo socialista. Mas, aquela pergunta me deixou pensando muito tempo. Marte, equivalente ao grego Ares, filho de Juno e de Júpiter, é considerado o deus da guerra sangrenta, ao contrário da sua irmã Minerva, que representa a guerra justa e diplomática. Eles sempre tiveram uma relação difícil, até que numa batalha final, onde se enfrentaram nas muralhas de Tróia, Marte é derrotado pela irmã. Outra parte da mitologia dá conta que o deus teve um caso de amor com Vênus, esposa de Vulcano. Dessa relação adúltera, teriam nascido um deus chamado Cupido uma mortal batizada de Harmonia. O planeta Marte provavelmente recebeu este nome devido à sua cor vermelha, associada à do sangue.

Segundo as enciclopédias, "A estrela vermelha de cinco pontas, um pentagrama sem o pentágono no seu interior, é um símbolo do comunismo e amplamente do socialismo em geral. É muitas vezes interpretado como representação dos dedos das mãos dos trabalhadores, bem como os cinco continentes." Há inúmeras explicações adicionais, mas decerto nenhum dos criadores desse símbolo o associou ao planeta e muito menos ao deus que o batizou. Certo também é que se, a estrela representa uma mão, deviam considerar que nela todos os dedos são diferentes, mas ambos trabalham individualmente em prol de um trabalho a ser feito pela mão, em beneficio do restante do corpo. A mão, em si, sem os dedos "individualistas" nada representa. Deviam ter pensado nessas associações, tanto à do deus da guerra sangrenta, quanto do que é efetivamente uma mão, antes de associarem seu símbolo a eles.

Luiz Carlos Cichetto, 20/03/2014

Seren Goch: 2332
Midia: CD Livro
Lançamento Previsto: Junho de 2014
Criação e Texto: Barata Cichetto
Musica e Produção Musical: Amyr Cantusio Jr.
Edição: Editor'A Barata Artesanal
Apoio: Revista Gatos & Alfaces

22/05/2012

Amyr Cantusio Jr. (Alpha III Project)


Amyr Cantusio Jr. é formado em Música Erudita pela Unicamp e autodidata em música eletrônica com teclados e estruturas de orquestração, música experimental progressiva e Canterbury Fusion. Tem cursos nas áreas de Psicanálise Integral, pela Escola Analítica Existencial do Dr.Victor Frankl em Viena, extensivo em Psicanálise Trilógica ministrado pelo Dr. Norberto Keppe e nas áreas de Musicoterapia, Ocultismo, Meditação & Filosofia Oriental de Teosofia e Yogas 

Foi crítico musical e colunista do Jornal Diário do Povo de Campinas e em revistas nacionais (Zen, Pendulum, Bons Negócios) e internacionais como a Background Magazine (Holanda) e Paperlatte (Itália) e na revista germano-brasileira Hard Valhalla.

Como artista plástico, desenhou a maioria dos logos e capas de seus próprios LPs e CDs e é Pintor de surrealismo gótico, com vários desenhos para capas e telas.

Na área musical, foi co-fundador do primeiro selo do Rock Progressivo e Música Eletrônica Experimental do Brasil em 1986 (Faunus), coordenador de vários projetos musicais em Campinas, entre eles “Rock Todas as Vertentes” (1986). Produziu inúmeras bandas no Brasil e no Exterior, trabalhou na trilha sonora do alemão de Holger Kernstein “Jesus Viveu na Índia” (1996) e também criou jingles, spots e trilhas sonoras na Junta de Rádio e Televisão e na Rádio e Televisão Bandeirantes.

O músico Amyr Cantusio Jr. produziu independente 20 CDs e 7 LPs desde 1974. Amplamente premiado no Brasil e no exterior, recebeu a Medalha Carlos Gomes (Campinas) por representar a cidade em mais de 15 países do mundo com seus discos e foi o primeiro lugar de arranjo e composição do Projeto Guarani. Além disso, foi considerado melhor Tecladista e melhor Projeto do mundo em vários festivais internacionais: Espanha/1986; Japão/1986, e Canadá/1991, Itália/1993, Escandinávia e Holanda. 

Atualmente desenvolve projetos de World Music e ritmos árabes e hindus no Espaço Cultural Lince Negro, com Filosofia Oriental, Instrumentação, Teosofia e História da Música, com sua esposa Cáthia Cantúsio.

Discografia:
LPs:
1983 - Mar de Cristal
1986 - Sombras
1987 – Agartha
1988 - Ruínas Circulares
1989 - Temple of Delphos
1989 - The Aleph
1990 - The Seven Spheres

CDs:
1993 - Voyage to Ixtlan
1995 - The Edge
1995 - Acron
1996 - Grimorium Verum
1996 - Oásis
1999 - The Edge of Vortex
2000 - Book of Sacred Magik
2001 - Live Destroyer – (Studio)
2001 - Spectro
2002 - Lord of the Abyss
1998 - The Aleph
1999 - New Voyage to Ixtlan
2000 - Seven Spheres
2004 - Ruinas Circulares
2004 - Temple of Delphos
2008 - Mar de Cristal
2008 - Sombras
2008 - Live-Shades of Windows
2010 – Vitória, ou a Filha de Adão e Eva (Libreto de Barata Cichetto)

Livros:
- Rock, Filosofia & Ocultismo
- Musicoterapia
- Anjos, As Sentinelas do Universo
- A Era da Escuridão
- A Era da Escuridão II
- A Música Erudita de Todos os Séculos
- Led Zeppelin (Compilação)

Sites Oficiais:
www.myspace.com/amyrcantusiojr
www.myspace.com/projectalpha3
www.myspace.com/alphaiii

Contato:
lunardraco@gmail.com
F(19) 3243.8647